Os isentos politicamente vão definir as próximas eleições

Publicado em 19/07/2025, às 18h00

Flávio Gomes de Barros

Jornalista Fabiano Lana:

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"Tente, em qualquer discussão política, fazer comparações entre Lula e Bolsonaro. Será acusado, imediatamente, na melhor hipótese, se o interlocutor for culto e educado, de falsa simetria. 'Lula é um democrata, Bolsonaro um golpista', dirá a pessoa simpática ao PT, talvez agressivamente. 'Não há modos de colocar no mesmo lugar um bandido que desviou bilhões e foi descondenado (sic) com um defensor da família', pode dizer um admirador do ex-presidente, com ira no olhar.

Quem não está em nenhum desses lados da disputa, entretanto, vai definir quem entre eles vai vencer. E parece haver, infelizmente, uma disputa para ver quem repudia mais esse eleitor decisivo.

Do lado bolsonarismo, além de todo histrionismo, do orgulho, da vulgaridade, há esse elemento novo de um filho de ex-presidente se orgulhar de ter infçuenciado nas garifas de Trump a prejudicar toda a sociedade. Uma ala radical a apostar no quanto pior, melhor, contando que ocorra anistia geral e irrestrita que, na verdade, serve para ajudar apenas uma pessoa: Jair Bolsonaro.

Consequência: o eleitor de centro, espantado, corre para o outro lado. O resultado das últimas pesquisas de voto e de avaliação do governo estão aí para demonstrar a tese.

Mas Lula também apronta bastante com esse pessoal centrista. O que diabos foi fazer na Praça Vermelha, em maio, ao lado do autocrata Vladimir Putin e um bando de ditadores de países de terceiro mundo? Oficialmente era para comemorar os 80 anos do fim da Segunda Guerra, mas até o corpo embalsamado de Lenin, que fica no mesmo local, sabia que se tratava de uma demonstração de força para o ocidente num momento em que a Rússia trava uma batalha mortal com a Ucrânia.

O que diabos foi fazer na Argentina, ao lado de uma condenada por corrupção, pedindo sua liberdade com plaquinha e tudo?

 
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