Revista Monet
Sean Combs, mais conhecido como Diddy, corre risco de enfrentar mais uma batalha judicial. Documentos obtidos pela revista People nesta sexta-feira (31) indicam que o artista recebeu uma nova acusação de abuso sexual.
LEIA TAMBÉM
Um produtor musical não identificado reportou o caso na cidade de Largo, no estado norte-americano da Flórida. Ele alega ter sido violentado por Diddy enquanto trabalhavam juntos em um projeto com C.J. Wallace, filho do lendário rapper Notorious B.I.G. (1972 - 1997) e da cantora Faith Evans.
O processo indica que a vítima foi convidada por Diddy a uma sessão de audição de um projeto inédito de Biggie. Ele afirma ter sido pressionado a tomar cetamina e, em seguida, levado a um galpão com diversas roupas do rapper assassinado em 1997.
"[A vítima] afirmou que Combs pegou algumas roupas e as colocou no sofá, e acabou se sentando ao lado delas quando recebeu uma ligação. [A vítima] continuou a procurar entre as peças quando ouviu o que parecia ser um vídeo pornográfico vindo de onde Combs estava sentado", diz o documento das autoridades.
"[A vítima] afirmou que tentou ignorar… mas então ouviu mais barulhos e, quando olhou, pôde ver Combs se masturbando, cobrindo-se com uma das camisas de Notorious B.I.G. que estava ao lado dele no sofá. [A vítima] declarou que Combs retirou a camisa para expor o pênis e disse para [a vítima] ir 'terminar o serviço'", continua o relatório.
Ainda segundo o relato do produtor, Combs, então, arremessou a camisa suja em sua direção enquanto ria. "Descanse em paz, B.I.G.", ele teria declarado ao deixar o galpão.
O incidente ocorrido em dezembro de 2020 mudou a dinâmica profissional entre o produtor e Wallace, mas não fez com que ela fosse rompida completamente. Em março do ano seguinte, a vítima foi até Los Angeles, onde se encontrou com o filho de Biggie e outro de seus colaboradores, Willie Mac — que o chamou de "mentiroso e ameaçou processá-lo."
Ao chegar no local estipulado para a reunião, porém, outras duas pessoas seguraram o produtor e cobriram parcialmente sua cabeça e seus olhos. Ele foi levado a outro ambiente, onde ouviu a voz de Diddy e reconheceu os tênis personalizados utilizados por ele. O músico condenado proferiu ofensas e o chamou de X-9.
O processo ainda relata, em detalhes, a violência sexual que se seguiu. Quando o ato chegou ao fim, Wallace entrou no quarto e tentou ajudar o produtor, aparentemente se sentindo mal pelo que havia acontecido.
A polícia de Largo disse ter colhido o depoimento sob as instruções das autoridades de Los Angeles.
Sean Combs está preso desde setembro do ano passado. Ele foi condenado a quatro anos de cadeia após ser absolvido das acusações de associação criminosa e tráfico sexual, cumprindo pena apenas por acusações de transporte para fins de prostituição. Na última quinta-feira (30), ele foi transferido de Nova York para uma prisão federal em Nova Jersey. Seus representantes não se manifestaram sobre o novo processo.
LEIA MAIS