Divertido às vezes, estressante outras, diz Musk sobre embate com Moraes

Publicado em 08/04/2024, às 17h55
Foto: Reprodução -

Angela Pino/FolhaPress

O empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), afirmou que acha "às vezes divertido, às vezes estressante" envolver-se em controvérsias como a do momento com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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A declaração foi dada ao podcast In Good Company with Nicolai Tangen, conduzido pelo CEO do banco de investimento norueguês Norges.

Musk voltou a afirmar que o X recebe reiteradas demandas de Moraes para suspender contas, geralmente com prazo de duas horas para isso, sob pena de multas vultosas.

Segundo ele, a gota d´água foi a exigência de suspender contas de diversos parlamentares e jornalistas importantes e lhes dizer que a medida se devia não a decisão judicial, mas a uma violação dos termos de uso da plataforma.

Ele não apresentou nomes dos alvos das supostas decisões.

Em seguida, o apresentador perguntou se ele sabia que teria que lidar com esse tipo de situação quando comprou o Twitter, em 2022. O empresário respondeu que sabia que não seria um "mar de rosas".

Ao ser indagado se secretamente achava que isso era divertido, ele respondeu: "Sim, é divertido às vezes. Estressante às vezes, divertido às vezes".

Musk vem criticando desde o final de semana decisões de Moraes supostamente para suspender contas.

No domingo, ele disse que o ministro deveria renunciar ou sofrer impeachment. Um dia antes, um perfil oficial da plataforma havia declarado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil", e Musk retuitou mensagem em que disse que

"estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Ainda no domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Nesta segunda-feira (8), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".
 

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