Redação TNH1, com TV Pajuçara
O aumento de casos de doenças respiratórias e de Covid-19 em Alagoas também está gerando alerta no Hospital da Criança, que fica localizado no bairro do Jacintinho, em Maceió. Em entrevista nesta quinta-feira, 23, ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, o diretor da unidade hospitalar, João Lourival Souza, fez um alerta sobre esse crescimento de casos.
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"A gente nota, através de dados de investigação, um aumento semanal da média móvel que a gente chama de crianças, o que chegou a ser duas crianças dia, hoje já são oito crianças dia. Não temos ainda relatos de uma maior gravidade em crianças, mas não vamos esperar que isso aconteça. Sabemos que a criança é um público vulnerável e não queremos que isso chegue nas crianças que têm comorbidades, e que sim, pode ser fatal qualquer infecção respiratória, inclusive a Covid", disse o diretor, acrescentando que o hospital já prepara uma enfermaria exclusiva para Covid.
"O que chama a atenção é que somos um hospital aberto há pouco tempo, que foi de abril para cá, e nossa lotação é de praticamente 100% diariamente. Temos trabalhado para fazer uma rotatividade dentro do que pode ser feito, mas a demanda por doenças respiratórias é acima de 50% hoje de ocupação no hospital. A questão da Covid, nós ainda não somos referência para Covid, mas já estamos nos preparando para sermos leitos de retaguarda caso a sociedade e a população pediátrica alagoana precise. Já existe a estruturação de enfermaria para receber esses pacientes casos precisem", revelou.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou ontem 968 novos casos de Covid-19 em apenas três dias no estado de Alagoas, ou seja, quase 1/3 do que foi contabilizado em todo mês de junho.
"A grande maioria é de casos leves. Quando precisa de um internamento ou até de UTI, a gente encaminha para as referências que hoje o estado tem para atender Covid. Ainda estamos lidando com casos leves, mas chama a atenção esse aumento significativo do quantitativo de casos. Os casos respiratórios já eram esperados, todo ano entre fevereiro e julho, a gente aumenta no Nordeste, é o período sazonal das viroses, dessas doenças respiratórias. Chama a atenção, e talvez tenha sido por conta desse relaxamento e do tempo que essas crianças ficaram reclusas durante a pandemia, dessa circulação, de novas cepas. [...] É uma explosão de casos de doenças respiratórias. A nossa preocupação é quando a criança precisa de internamento, que vai fazer uso de oxigênio, e aí a gente precisa agir breve para que eles não sejam penalizados com algo mais sério".
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