Dólar acentua queda sobre o real com correção e exterior

Publicado em 24/03/2017, às 17h45

Redação

O dólar firmou trajetória de baixa ante o real nesta sexta-feira, com queda de cerca de 1 por cento em movimento de correção após ganhos nas sessões anteriores e em sintonia com o movimento no mercado internacional.

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Os investidores, no entanto, continuavam à espera da votação do plano de saúde pelo Congresso Nacional dos Estados Unidos, uma prova de fogo ao presidente Donald Trump.

Às 15:30, o dólar recuava 0,87 por cento, a 3,1106 reais na venda, depois de bater 3,1511 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1 por cento.

Nas três sessões anteriores, a moeda norte-americana havia acumulada alta de 2,15 por cento sobre o real.

“O mercado viu uma brecha para realizar”, comentou o operador de uma corretora nacional, lembrando que na véspera havia mau humor com a votação nos Estados Unidos e também com o noticiário político local.

A votação do projeto de saúde que pode substituir o Obamacare foi adiada para esta sexta-feira pelo temor dos republicanos de que não obteriam os votos necessários.

A votação é vista pelos mercados financeiros como um teste crucial das habilidades de Trump em trabalhar com o Congresso para aprovar seus planos, incluindo planejados cortes de impostos e gastos em infraestrutura.

A divisa norte-americana caía ante os pesos chileno e mexicano, além da lira turca. Também cedia ligeiramente ante uma cesta de moedas.

Internamente, os investidores mantinham a cautela com o andamento da reforma da Previdência no Congresso Nacional, depois que o governo obteve placar apertado para a votação da terceirização na Câmara dos Deputados no meio da semana.

A reforma da Previdência é considerada essencial para o país colocar as contas públicas em ordem e pavimentar caminho para crescimento econômico sustentável.

A percepção de que a interrupção da venda de carnes para diversos países depois da operação Carne Fraca vai prejudicar a balança comercial também era repercutida pelos investidores.

“Se não fosse o (cenário) doméstico, o dólar poderia cair muito mais”, afirmou o diretor de tesouraria do Banco Modal, Luiz Eduardo Portella.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente nesta sessão o lote de até 10 mil swaps tradicionais –equivalente à venda futura de dólares –ofertados para rolagem dos contratos de abril. Já foram sete leilões iguais, que reduziram a 6,211 bilhões de dólares o estoque que vence no mês que vem.

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