Dono de clínica é preso por assédio sexual contra funcionárias em Maceió

O dono de uma clínica foi um dos 10 presos na Operação Frida, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (25), em Maceió e outras quatro cidades alagoanas. Ele foi detido no bairro Canaã, na capital, por crimes de importunação e assédio sexual praticados contra as próprias funcionárias.

A delegada Ana Luiza Nogueira, que coordenou a ação, explicou que o proprietário da clínica, especializada no atendimento a idosos, foi denunciado pelas vítimas e já responde por crimes semelhantes em outros estados.

"De acordo com informações constantes nos autos de inquérito policial, ele vinha praticando de forma habitual crimes de assédio sexual contra as funcionárias. Ele sempre escolhia mulheres na faixa de 20 a 30 anos", iniciou a delegada.

"Pelas informações e pesquisas efetivadas pelos policiais, ele respondia por crimes similares em outros estados, inclusive no Paraná. E a prisão só se deu por conta da denúncia efetivada pelas funcionárias que se encorajaram a procurar a Delegacia da Mulher para denunciar o agressor", complementou.

O TNH1 não conseguiu contato com a defesa do dono da clínica, mas deixa o espaço aberto para reproduzir o posicionamento dela sobre a prisão e a acusação.

Combate à violência contra a mulher

A delegada Ana Luiza Nogueira destacou o empenho das forças de segurança para coibir os casos de violência de gênero e prender os acusados. Além de Maceió, os policiais estiveram nos municípios de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Pão de Açúcar.  

"A gente precisa colocar esses agressores atrás das grades, porque lugar de homem que bate em mulher é na cadeia. Para reduzir o sentimento de impunidade que, infelizmente, ainda é presente na violência contra nós mulheres", disse.

A delegada reforçou a importância das denúncias das vítimas. "É sempre importante a gente fazer um alerta às mulheres sobre a necessidade, sobre a importância da denúncia. Então, você mulher, que, nesse momento, passa por um relacionamento abusivo, que sofre qualquer tipo de violência, não apenas aquela violência física que deixa uma marca no corpo, mas a violência psicológica, e que não sente medo, procure a Delegacia da mulher. Nós temos hoje uma equipe especializada que funciona 24 horas para receber essas mulheres, para realmente formalizar a denúncia. Só a partir da denúncia é que a gente consegue operações como essa para colocar o agressor atrás das grades", finalizou.