Redação
Após realizar três infecções em cerca de 200 mosquitos Culex - o conhecido pernilongo - uma pesquisa realizada por uma bióloga do projeto de vetores da instituição Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, apresentou os resultados preliminares da investigação nesta quarta-feira (2). O estudo mostra a disseminação do vírus para a glândula salivar do mosquito, por onde aconteceria a transmissão da doença para humanos.
LEIA TAMBÉM
Mas a informação não deve levar ao pânico. Para uma especialista ouvida pelo TNH1, ainda é cedo para afirmar que os pernilongos podem transmitir o vírus. "Os experimentos realizados infectaram os mosquitos com uma dose grande de zika. Não sabemos se o processo natural teria os mesmos resultados na saliva, por onde o contágio acontece", esclareceu Luciana Pacheco, médica infectologista.
E os bairros de Maceió infestados de pernilongos?
"É necessário fazer um estudo mais aprofundado para não assustar a população à toa", disse Luciana. "Particularmente, acredito que o Culex não seja capaz de transmitir esse vírus, pois em bairros como o Trapiche da Barra, por exemplo, onde há uma grande quantidade de mosquitos, a incidência de doentes seria bem maior", opinou.
O que os pesquisadores sabem é que é preciso avançar nos estudos e checar se os mosquitos comuns, encontrados nas áreas onde o vírus circula, estão contaminados.
Ainda de acordo com a pesquisa, serão necessários de 6 a 8 meses para a pesquisa chegar a uma conclusão. Os testes pretendem analisar o maior número possível de mosquitos, comparar diferentes bairros e ver se coincide com os casos de zika e microcefalia.
LEIA MAIS