"É necessário eu morrer?": mesmo com medida protetiva, mulher é espancada pelo ex com neto no colo

Publicado em 04/08/2025, às 07h52 - Atualizado às 07h52
Maria das Neves denunciou o ex por agressão - Reprodução/TV Pajuçara

TNH1 com TV Pajuçara

"Eu fico perguntando: cadê a Justiça? É necessário eu morrer?". O desabafo é da cozinheira Maria das Neves da Silva, mais uma mulher vítima de violência doméstica em Alagoas. Ela foi espancada pelo ex-companheiro nesse fim de semana, enquanto estava com o neto no colo. O autor das agressões, um policial militar, segue em liberdade.

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Em entrevista para a repórter Carol Guibu, da TV Pajuçara, Maria das Neves destacou o comportamento agressivo do ex-marido, como também deu detalhes do momento da violência praticada na porta da casa dela, em Rio Largo, município da Grande Maceió. O motivo das agressões é o fato de o homem não aceitar o fim do relacionamento.

"Eu disse a ele: Não quero mais você, me deixe viver. Aí ele disse que se eu arrumasse alguém [novo namorado], me matava. E ele realmente foi para me matar, para fazer bagunça. Ele chegou na minha porta alcoolizado, muito bêbado, ao lado da mulher atual, da filha dela e do irmão. Esse irmão disse para mim que ele veio conversar. E eu falei: Tire ele da minha porta. Foi aí que ele começou a me agredir", iniciou o relato.

"Eu caí na lama, minha calça ficou toda suja. Eu levantei tão tonta que ainda pensei que ia desmaiar, mas segurei no carro e consegui andar. Aí o bebê [neto] chorando, foi quando os vizinhos saíram das casas e pegaram a criança. E eu fiquei correndo de um lado para o outro. Se ele me pegasse ali, me matava depois dos socos", acrescentou Maria das Neves.

A mulher ainda destacou que a Justiça havia concedido uma medida protetiva. "Antes eu tive uma medida protetiva. Ele falou com meus pais, e meu pai aconselhou a tirar ela, pois não gosta de delegacia, de nada que envolva polícia. Aí tirei. Quando pensa que não, ele voltou a me perseguir", afirmou.

A Polícia Civil já investiga o caso. A identidade do agressor, no entanto, ainda não foi divulgada. "Eu vejo muitas pessoas facilitarem o lado dele por causa de farda [PM], mas só quero que ele seja punido", finalizou a mulher agredida.

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