É preciso nova liderança global sobre desenvolvimento sustentável, diz ministra

Publicado em 21/09/2015, às 21h41
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Redação


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, avaliou nesta segunda-feira, 21, que a 21ª Conferência do Clima (COP 21), que será realizada em dezembro, em Paris, mudará o ritmo do meio ambiente global, se bem sucedida. Durante painel no Seminário Internacional, Economia Verde e Mudanças Climáticas, promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na capital paulista, ela afirmou que o principal objetivo do evento será buscar uma unidade em torno de uma nova liderança global sobre o desenvolvimento sustentável.


"Não é buscar a velha liderança. Está se propondo em Paris uma ruptura. Estaremos discutindo novos caminhos para o enfrentamento dos problemas do clima", afirmou. Segundo Izabella essa nova liderança deverá ser alguém capaz de convencer a todos que é preciso mudar. Apesar da necessidade de encontrar essa nova liderança, ela disse não saber se o mundo tem essa liderança. "O mundo procura líderes, e esses líderes não necessariamente vão estar circunscritos aos Estados", afirmou. 


De acordo com a ministra, a nova liderança deverá ter uma nova competência decisória, com linguagem universal para tomar decisões junto aos setores financeiros e de desenvolvimento da sociedade. "A área de meio ambiente vive de uma postura política que é de identificar e denunciar problemas, mas não tem a linguagem para tomar decisão junto aos setores financeiro e de desenvolvimento. É preciso mudar", disse.


Água


A ministra avaliou ainda que a falta de água no Estado de São Paulo não é causada apenas por problemas naturais. Durante o painel, ela sugeriu que questões políticas também influenciam o problema.


"Se em São Paulo está faltando água, não é só por questão da natureza. As pessoas aqui são capazes de discutir o desmatamento na Amazônia, mas não o desmatamento da Mata Atlântica", criticou. "É preciso olhar para nosso backyard (quintal)", acrescentou. 


A declaração foi feita na presença do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que participa do mesmo painel. Mas ele não comentou a fala da ministra.


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