"Ela acreditava que ele poderia mudar", diz irmão de mulher de PM durante enterro

Publicado em 25/01/2018, às 12h24

Redação

Os últimos momentos de despedida da família de Expedita da Silva, de 32 anos, morta com sete tiros pelo marido, o cabo da PM Ivan Augusto, foi cercado de dor e lembranças de um relacionamento abusivo, com final trágico vivido pela mulher. O corpo dela foi sepultado na manhã desta quinta-feira (25), em um cemitério particular de Maceió.

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Abalado, o irmão de Expedita, João Celso, conversou com a reportagem do TNH1 e contou que apesar dos atos violentos, ela acreditava em uma transformação do marido. “Desde os primeiros seis meses de casamento, eu percebi que ele era ciumento. Depois, quando a gente via os ferimentos e aconselhava a se separar, ela dizia que o Ivan andava nervoso, mas que com o tempo iria mudar”, relembra.

Assista à entrevista:

João conta que a família acredita que Expedita tinha, finalmente, decidido dar um basta no relacionamento e, por isso, foi morta. “Nos últimos tempos, ele dizia que se ela o deixasse, morreria ela e quem estivesse por perto”, revelou.

A mãe da vítima, Maria das Dores da Silva, também conversou com a reportagem. Ela lamentou não só a morte da filha, mas a difícil história da filha ao lado de marido agressor. “Foram 20 anos de sofrimento, não só dela, mas meu também, porque ele me odiava”, lamentou. “Quando ela tentava acabar com a relação, eu a acolhia em casa e ele me acusava de acobertá-la, por isso ele vivia me chamando de louca e me mandava tomar remédios”, desabafa.

Uma das piores lembranças da tia de Expedita, dona Josefa da Silva, que ela revelou durante o enterro, foi o dia em que a sobrinha foi tirada da casa da mãe logo após dar à luz uma das filhas. Ela foi levada pelo marido arrastada pelos cabelos, segundo conta a tia. “Ele a jogou dentro do carro e levou embora, totalmente fora de si”.

O sepultamento ocorreu sete dias depois do ataque cometido por Ivan Augusto, no apartamento do casal, no São Jorge em Maceió. Expedita foi socorrida com vida, consciente, e chegou a comentar com os vizinhos que a socorreram: "Ele é um psicopata". Quatro dias depois, após uma piora severa no estado de saúde, ela morreu no Hospital Geral do Estado.

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