Elefante morre de exaustão após transportar turistas

Publicado em 02/11/2019, às 16h58
Moving Animals/Ape Rata -

Uol

Um elefante morreu de exaustão no Sri Lanka após transportar três grupos de turistas em um único dia de calor intenso, denunciou o projeto internacional Moving Animals. O caso, que ganhou repercussão internacional, aconteceu no último dia 16 de outubro em um safari em Sigiriya, famoso destino turístico e antiga capital do país asiático.

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Segundo a denúncia, o animal, um elefante macho chamado Kanakota, tinha 18 anos e trabalhou por várias horas seguidas. No meio selvagem, eles podem viver até cerca de 60 anos. "Nenhum animal deveria sofrer para entreteter turistas", divulgou ontem o Moving Animals nas redes sociais. "Até que os turistas se recusem a andar de elefante, mais destes gigantes gentis vão continuar sofrendo e morrendo de exaustão."

De acordo com o jornal britânico Metro, a viagem no dorso do animal dura cerca de uma hora e custa 30 euros (cerca de R$ 134), levando a uma antiga fortaleza no sítio histórico de Sigiriya. Antes de iniciar a quarta viagem no dia, o animal recusou-se a andar e caiu pouco depois de as pessoas terem descido. O caso está sendo investigado.

"O verdadeiro problema está nas leis de direitos dos animais do Sri Lanka, que não são atualizadas desde 1907. Como é um destino turístico popular, as leis são completamente inadequadas para lidar com os desafios atuais", publicou o Moving Animals. "Uma pessoa considerada culpada de crueldade animal recebe uma multa de apenas cem rúpias [cerca de R$ 2,20]."

A morte do animal gigante ocorreu após uma investigação do Moving Animals que encontrou evidências de que os elefantes usados em safaris são mantidos acorrentados e submetidos a ganchos de metal presos a hastes, com as quais são espancados. Passeios turísticos em elefantes são comuns em países asiáticos como Sri Lanka, Nepal, Índia, Laos, Camboja e Tailândia, muitas vezes em condições precárias.
 

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