Em crítica a Trump, jornalista americano diz que Brasil é "República de Banana"

Publicado em 25/05/2017, às 22h28

Redação

O jornalista Kevin D. Williamson, da revista conservadora americana National Review, escreveu um artigo para a rede CNBC no qual diz que a política americana se assemelha a uma "República de Bananas". Para comprovar sua tese, o autor compara a possibilidade de impeachment nos Estados Unidos com a crise política no Brasil.

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Segundo Williamson, a pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deriva sobretudo do fato de a oposição democrata não se conformar com o resultado da eleição, e lembra do risco de o presidente Michel Temer sofrer um impeachment, a exemplo do que ocorreu com a antecessora dele, Dilma Rousseff.

"Parabéns, América: você por fim, depois de todos esses anos, se transformou no Brasil", afirma o articulista no artigo "O banana republicano", que, em inglês, faz um jogo de palavras com o termo "República de Bananas". "Esse tipo de coisa ocorre em países como o Brasil, cujos curtos períodos de estabilidade e prosperidade de repente se revertem sem razão óbvia." argumenta.

Segundo ele, os Estados Unidos "não são esse tipo de país". "Ou pelo menos não eram, até recentemente." Além disso, o jornalista diz que o Partido Republicano escolheu um candidato "inepto e obviamente inadequado" e o eleitorado americano preferiu ele na disputa com Hillary Clinton, uma "candidata inepta, corrupta e obviamente despreparada".

Na avaliação de Williamson, Hillary perdeu não por um suposto conluio entre a campanha republicana e a Rússia, mas simplesmente porque os democratas perderam a eleição por alguns milhares de votos em algumas regiões com forte presença da classe trabalhadora e da classe média que eles já julgavam garantidas.

"Trump não sabe o que está fazendo e ele não é muito bom no seu trabalho, mas não há lei contra isso. Não é inconstitucional ser um tolo", afirma Williamson, que vê Trump "genuinamente confuso" no governo. "Trump é certamente incompetente, mas isso não pode ser uma surpresa", aponta o jornalista. "Durante a campanha, é óbvio que ele não sabia, por exemplo, como um projeto se torna lei ou quais os limites do poder presidencial ou como a Constituição funciona."

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