Em extinção, mutum volta a "morar" em Alagoas após 30 anos de trabalho ambiental

Publicado em 25/08/2017, às 11h10

Redação

Uma das mais raras aves alagoanas de grande porte vai ser reintroduzida no estado, 30 anos depois do início de um belo trabalho de pesquisadores apaixonados pelo meio ambiente.

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O casal de mutum-de-alagoas vai morar em um viveiro, na Usina Utinga Leão, em Rio Largo, que está quase pronto.

O criador Pedro Nardeli é o principal responsável pelo retorno da ave ao estado. Ele resgatou os últimos exemplares da espécie em extinção ainda na década de 1970.

“Nessa região, existia o mutum, que a ciência considerava extinto há 300 anos. Encontrei um em cativeiro e a pessoa me cedeu. Com esse mutum, voltei para o Rio de Janeiro e fiz uma expedição para isso [resgatar mais aves da espécie]”.

No Rio de Janeiro, Nardeli iniciou o processo de reprodução para salvar a espécie.

Com a ajuda de outro apaixonado pelo meio ambiente, Roberto Azeredo, de Minas Gerais, o que era uma criação de 22 mutuns em 1999, hoje possui mais de 200. E é de lá que sai o casal de mutuns que vai viver em Alagoas a partir de 22 de setembro.

A volta precisa ser planejada com atenção aos mínimos detalhes. Para isso, foi criado um plano de ação estadual para preparar a reintrodução da espécie. A medida prevê, entre outras ações, a fiscalização para prevenir a caça do animal.

Hoje, o mutum já é oficialmente a ave símbolo de Alagoas.

Assista à reportagem completa da TV Pajuçara:

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