Entenda como o Bahia está próximo de ser parte do City Football Group

Publicado em 20/06/2024, às 08h52
- Foto: Unsplash

Redação

O Bahia está muito próximo de se tornar uma SAF e seu novo proprietário será, ao que tudo indica o City Football Group, uma empresa dos Emirados Árabes Unidos.

O City Football Group foi fundado em 2013, mas seu interesse pelo mercado do futebol começou ainda em 2008, com a compra do clube inglês do Manchester City pelo Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan da família real de Abu Dhabi.

Foi uma sábia decisão, já que a equipe inglesa na época não vinha bem e após sua aquisição mudou completamente de patamar, ganhando cinco títulos da Premier League e prestes a ganhar este ano novamente. Hoje a empresa possui 9 clubes de futebol espalhados pelo mundo.

A proposta do City Football Group (CFG) englobaria 90% das ações da futura SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Bahia, sendo que o valor aportado pelo grupo seria pago em quatro tranches.

A primeira de R$ 50 milhões seria logo de início na assinatura do contrato, a segunda de R$ 150 milhões para serem investidos no final de 2022 início de 2023 caso o Bahia volte a elite do futebol nacional e o remanescente R$ 450 milhões parcelado de forma igualitária durante os anos de 2023 e 2024.

Os valores em questão são referentes ao pagamento das ações da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), os investimentos acima não incluem a contratação de novos jogadores, isso será um investimento à parte.

Sem dúvidas com esse aporte o Bahia subirá de patamar, concorrendo com os principais clubes do Brasil. Não será incomum ver o Bahia, por exemplo, no segundo patamar de favoritos nas casas de apostas para competições como Copa do Brasil e Brasileirão.

Quem quiser dar seus palpites em casas de apostas confiáveis e de qualidade poderá ver que as odds do Bahia no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil irão diminuir, mostrando seu favoritismo.

Na Série B deste ano, o Tricolor já arrancou com força e é favorito nas casas para subir de divisão, depois de uma queda inesperada e traumática em 2021.

Mas, claro, ainda existem dúvidas. Para que o negócio seja sacramentado será preciso submeter à oferta do grupo ao Conselho Deliberativo e passar pela Assembleia de sócios.

Transição para a SAF

O Esporte Clube Bahia também definiu junto ao Grupo City que parte desse dinheiro terá de ser obrigatoriamente direcionado ao pagamento das dívidas do clube, calculadas no dia de hoje em torno de R$ 250 milhões.

Outra condição fundamental é que o clube não fará qualquer alteração em seu nome e nem mesmo em sua identidade visual, abdicando de suas cores, o vermelho e o branco. Essa medida foi um passo importante já que alguns dos outros clubes comprados pelo grupo sofreram alterações, como o caso dos clubes da Austrália e do Uruguai.

No caso do Bahia teremos o modelo seguido pelo Girona da Espanha e o Troyes da França que após serem vendidos não necessitaram alterar a sua identidade mantendo seus nomes, cores e escudos utilizados desde as suas fundações.

Como foi a venda de outras SAFs? 

A proposta acordada entre o City Football Group difere um pouco da de Ronaldo Fenômeno no caso do Cruzeiro e também da compra do Botafogo por John Textor. Também não é igual ao acordo prestes a ser fechado pelo Vasco da Gama com o fundo 777 Partners.

No caso do Cruzeiro, de acordo com especialistas da área, os termos do acordo acabaram por beneficiar Ronaldo e foram necessárias correções.

Inicialmente se falava em investimentos de R$ 400 milhões, mas no contrato reza que Ronaldo deve garantir um aporte de R$ 50 milhões. Em seguida ele deve gerar R$ 350 milhões de receitas incrementais na SAF ou então completar o valor em dinheiro.

Algumas cláusulas ainda deverão ser discutidas e a venda da SAF ainda precisa passar pela aprovação do Conselho Deliberativo. Outros pontos discutidos objetivaram trazer mais proteção ao Clube, como a restrição de venda do Cruzeiro durante cinco anos.

No Botafogo a venda de 90% da SAF está concluída. O total dos investimentos será de R$ 400 milhões sendo que R$ 150 milhões já foram pagos pelo novo proprietário John Textor e parte desse dinheiro foi usado para pagar dívidas de curto prazo, pagamento de funcionários e atletas.

O restante está sendo utilizado para reforçar o elenco onde já foram gastos R$ 50 milhões. Mudanças claras na estrutura do clube e no marketing também mostram como o momento pode ser um divisor de águas em termos de profissionalização da gestão.

Além dos reforços que chegaram à equipe do clube da estrela solitária foram renegociadas as dívidas tributárias e o clube aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) e com isso poderá evitar as penhoras de sua receita.

O Vasco da Gama tem sua negociação para se tornar uma SAF bem adiantada com a 777 Partners, uma empresa fundada em 2015 com sede em Miami que também é dona do Genoa da Itália e partes dos direitos do Sevilla da Espanha além de participação em cerca de 50 outras empresas espalhadas pelo mundo.

Segundo informações a empresa deverá investir ao menos R$ 700 milhões em um prazo de três anos e com isso deter 70% das ações da futura SAF. O clube carioca inclusive já recebeu a título de empréstimo R$ 70 milhões para quitar suas dívidas mais imediatas e salários atrasados.

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