Especialista contesta Defesa Civil sobre ocorrências no Bom Parto

Publicado em 23/07/2025, às 11h00

Flávio Gomes de Barros

O engenheiro civil e professor Abel Galindo Marques contesta o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, que atribui as rachaduras e outros danos em residências localizadas no bairro do Bom Parto “à presença de argila expansiva no subsolo”.

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O dirigente da Defesa Civil acompanhou inspeção in loco na região, chefiada pelo juiz federal André Granja, trabalho realizado a partir de provocação do Ministério Público Federal, Ministério Público de Alagoas e Defensoria Pública da União, atendendo a apelos de moradores do bairro.

Também especialista em geologia, Abel Galindo contesta Abelardo Nobre:

“Faço investigações do solo de Maceió, de todos os bairros, para estudos de suporte carga, há quase 50 anos. Tenho, aproximadamente, 20 mil furos para investigações do tipo de solo que temos no subsolo de todas as áreas de Maceió. Posso garantir que não existe no subsolo do Bom Parto e de bairro nenhum, a tal argila expansiva que o senhor Abelardo atribuiu como causadora das rachaduras nos imóveis.”

Galindo acrescenta, reafirmando taxativamente seu entendimento:

“A causadora das rachaduras e afundamento no Bairro do Bom Parto, como já foi provado é a mineração da Braskem. A mina 34 que é a mais próxima do Bom Parto, provavelmente está subindo na direção da superfície. Em 2020, empresas francesas, italianas e holandesas, contratadas pela Braskem, por exigência da Agência Nacional de Mineração, afirmaram que a mina 34 é uma das que podem subir até a superfície, a exemplo da mina 18. E a medida que uma mina sobe, ela provoca deformações na superfície e consequentemente as rachaduras nos imóveis.”

 

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