Especialista ministra palestra sobre cirurgia bariátrica

Publicado em 16/05/2017, às 11h07

Redação

O cirurgião Antônio de Pádua promove palestra sobre novidades relacionadas à cirurgia bariátrica no próximo dia 18 de maio, às 19h, no auditório da Santa Casa de Misericórdia. Durante o evento, o especialista falará para pacientes submetidos ao procedimento e interessados no assunto. O encontro é gratuito.

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Em janeiro deste ano, Pádua esteve nos Estados Unidos onde participou de mais um congresso internacional sobre diabetes e obesidade, o Diabetes & Obesity Summit. O encontro, que aconteceu no Havaí, reuniu especialistas de várias partes do mundo para discutir os avanços no tratamento dos dois problemas.

“Tivemos a oportunidade de conferir os avanços na fisiopatologia da obesidade e diabetes tipo 2, além de estratégias preventivas e abordagens terapêuticas. Para um cirurgião que tem o desafio de mudar a rotina de seu paciente, poder trocar informações com especialistas do mundo todo é um ganho sem tamanho para seu trabalho”, disse Antônio de Pádua.

Bariátrica x metabólica

Em 50 anos de prática médica, Antônio de Pádua tem mais de 5 mil cirurgias no currículo. Ele é um dos especialistas que realizam as cirurgias bariátricas e metabólicas em Alagoas.

Mas o que torna um paciente apto para cada cirurgia? Segundo o especialista, diferente das operações bariátricas, indicadas quando o indivíduo tem problemas secundários relacionados ao ganho de peso como doenças de coluna e articulares, refluxo gastro esofageano e incontinência urinária dentre outros, mas não possui outros problemas metabólicos como o diabetes e a hipertensão, a metabólica é aplicada para a melhora dos componentes da síndrome metabólica – pressão, glicemia e colesterol – independente do Índice de Massa Corpórea (IMC) do paciente.

“O foco da cirurgia metabólica não é o peso, mas o controle de doenças como a diabetes tipo 2. O paciente, após o procedimento, pode sair do hospital sem precisar tomar insulina, por exemplo. Tudo vai depender de como seu corpo reage a cirurgia. Mas a melhora no estado geral é quase que imediata”, explica o médico.

De acordo com o especialista, numa população de 6,5 bilhões de habitantes, 400 milhões são diabéticos. “No Brasil, temos quase 13 milhões de pacientes diagnosticados. Em Alagoas, são registradas quase 300 mil pessoas com a doença. E Maceió está na frente, seguida de Arapiraca e Coruripe. Para se ter ideia, nosso estado é o campeão brasileiro em número de mortes por diabetes. Temos mais mortes proporcionalmente aqui do que em São Paulo. Lá, morrem 26 pacientes a cada 100 mil. Aqui, neste comparativo, o número sobe para 56”, explica o médico.

Enquanto o IMC atualmente representa um parâmetro significativo na indicação da cirurgia bariátrica, existem evidências de que o IMC sozinho não deve ser fator limitante para eventualmente indicar o tratamento cirúrgico para diabetes tipo 2.


Sobre o Dr. Antônio de Pádua

O alagoano Antônio de Pádua tem mais de 5 mil cirurgias no currículo em seus 50 anos de prática médica. Em 2016, operou um paciente com obesidade mórbida que tinha os órgãos invertidos (situs inversus totalis).

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