Especialistas alertam para os riscos dos beijos durante o carnaval

Publicado em 23/02/2017, às 15h10

Redação

O carnaval pode não ter começado oficialmente, mas as prévias da folia já agitam as ruas de Brasília. E todo mundo sabe que esse período é marcado pelas temperaturas altas e por muito beijo na boca. Esses dois fatores, associados ao abuso de bebida alcoólica e a grandes aglomerações, criam um ambiente propício para a proliferação de algumas doenças.

LEIA TAMBÉM

Para garantir que a festa seja um sucesso e que as preocupações se restrinjam apenas à retirada do glitter pós-folia, vale ficar de olho em algumas recomendações médicas e, assim, evitar possíveis transtornos. As enfermidades mais comuns são viroses respiratórias, conjuntivite e hepatites. Casos de monucleose, também conhecida como “a doença do beijo”, também aumentam durante os dias de festejos.

Segundo o otorrinolaringologista José Stênio Ponte, no período do carnaval, a incidência dessa doença cresce cerca de 20% a 30% em relação aos outros meses do ano. O vírus da monucleose (Epstein-Baar), que é da mesma família do herpes, é transmitido pela saliva. Por isso, beijos, e a troca de copos, bebidas e talheres são as principais formas de contaminação.

“Muitas vezes (a mononucleose) é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não sente nada ou apenas sintomas leves. No entanto, pode causar febre, dor de garganta e aumento dos gânglios da região do pescoço”, explicou Ponte. O período de incubação da “doença do beijo” é de 30 a 45 dias.

Especialistas também alertam sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada neste mês revelou que nove em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV. Contudo, seis em cada 10 adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.

O médico Horacio Cardoso Salles, gerente da Medicina Assistencial do Serviço Social da Construção Civil  (Seconci-SP), apontou que a procura por exames para detectar as DSTs aumenta nas semanas seguintes à do carnaval. “O preservativo deve estar sempre no bolso. Nem as comemorações, muito menos o abuso do álcool podem deixar o folião se esquecer da camisinha”.

Para pular os bloquinhos com saúde, apresentamos três dicas simples que ajudam a prevenir muitas enfermidades.

Beba água

Durante a folia, é comum vermos pessoas com garrafas e copos nas mãos, mas não podemos dizer que o líquido ingerido é a água. Portanto, sempre que puder, beba um pouco de água, evitando ressecamento e queimaduras na pele, insolação, mal-estar, tonturas e até ressaca.

Não abuse de comprimidos e bebidas energéticas

Estes tipos de comprimidos e bebidas são ricos em cafeína e, quando misturados a bebidas alcoólicas, podem causar arritmias e palpitações cardíacas, além de piorar os sintomas de queimação no estômago e gastrite.

Alimente-se bem

Comer de três em três horas ajuda a manter a energia do corpo. Prefira as frutas, vitaminas ou sanduíches naturais, alimentos leves que repõem as vitaminas e minerais que são gastos para eliminar o álcool do organismo.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

TV Pajuçara promove leilão solidário de guitarra autografada pelo Biquini Cavadão Prêmio Master Ademi celebra os destaques do mercado imobiliário alagoano Festa Para Sempre Marista celebra 120 anos de história e reencontros no Colégio Marista Maceió Morre a pesquisadora e ambientalista Anita Studer