TNH1 com TV Pajuçara
"Por causa de uma linha". A fala com voz embargada foi da viúva de José Marcones Alves da Silva, de 37 anos, o motociclista que morreu ao ser cortado por uma linha de pipa com cerol enquanto trafegava pela Avenida Durval de Góes Monteiro. Ela conversou com a reportagem da TV Pajuçara durante o velório do esposo, nessa segunda-feira (29).
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Casado e pai de três filhos, José Marcones morreu no domingo (28), depois de ficar ferido no Tabuleiro do Martins, ser socorrido pelo Samu e transportado ao Hospital Geral do Estado. Ele trabalhava como tosador em um petshop na cidade de Rio Largo.
"É muito angustiante você ter uma pessoa todo dia, que sai para trabalhar e não chega em casa. Ele foi atrás de um ganha-pão, de um extra, e por causa de uma linha de uma pessoa irresponsável... Isso é crime, tirou da gente um pai de família", disse Ana Márcia, viúva do motociclista.
Agora a incerteza do futuro sem a presença de José Marcones atormenta a mulher e os familiares. "Hoje não sei o que vai ser de mim com meus filhos. É difícil", lamentou.
Proibição do uso de cerol
Em abril, o Senado aprovou um projeto de lei que proíbe a fabricação, comercialização e uso do cerol em todo o país. A proposta prevê pena de 1 a 3 anos de detenção, além de multa, com exceção apenas para linhas cortantes destinadas a fins industriais, técnicos ou científicos. O texto foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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