Folha PE
A Segunda Vara do Tribunal do Júri da Capital absolveu o estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, um dos acusados de assassinar o professor Colégio Agnes José Bernardinho da Silva Filho, o Betinho, em 2015. A decisão foi do juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, que alegou ausência de provas suficientes para levar o réu a júri popular.
O crime ocorreu no apartamento da vítima, no Edifício Módulo, Soledade, no Centro do Recife. Uma das justificativas apresentadas para a absolvição foram as divergências nos laudos dos peritos do caso, além da inexistência da presença do acusado - no dia em que o crime teria sido realizado - nas imagens de segurança do prédio.
Um outro trecho da decisão afirma que, em depoimentos, alunos, funcionários e professores do Colégio Agnes informaram que não existia proximidade entre o acusado e a vítima, como especulado na época, e que registros no caderno com o nome dos visitantes do prédio – procedimento realizado na portaria - não foram encontrados.
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“Repita-se que não confirmada a intimidade ou proximidade entre acusado e vítima. Cabe lembrar a cautela adotada na portaria, com o registro de comparecimento de pessoa que chegasse ao prédio desacompanhado de algum morador”, destacou o magistrado na decisão.
As investigações do caso foram conduzidas pelo delegado Alfredo Jorge, que atuava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou a reabertura do inquérito com máxima urgência para que fosse adotada uma nova linha de investigação para o caso.
Um outro suspeito do crime, menor de idade, que respondia processo pela Vara da Infância e Juventude, também foi inocentado no início deste mês.
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