Ex-presidente colombiano renuncia à Comissão de Paz

Publicado em 16/10/2015, às 08h59
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Redação


O ex-presidente colombiano Andrés Pastrana renunciou, nessa quinta-feira (15), à Comissão Assessora para a Paz que o presidente Juan Manuel Santos convocou, em março, para ouvir “muitas vozes” sobre decisões nas negociações com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Pastrana, que esteve no poder de 1998 a 2002, referiu-se, em sua conta no Twitter, ao acordo sobre justiça transnacional anunciado em 23 de setembro pelo governo e as Farc, em Cuba, considerando que ele coloca questões complexas sobre o rumo do país.

“O anunciado no comunicado é a maior concessão conquistada pelas Farc após a aceitação do narcotráfico como delito conexo aos seus ‘ideais’”, diz Pastrana em carta enviada a Santos.

Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño (Timochenko) apresentaram em Havana o acordo que fixa prazo máximo de seis meses para a assinatura de paz e anunciaram um sistema de Justiça especial para todos os implicados no conflito, com benefícios para quem admita responsabilidade.

No acordo anunciado, o governo e a guerrilha decidiram criar uma “jurisdição especial de paz”, que julgará delitos de lesa-humanidade e crimes de guerra.

Para o ex-presidente, “ao fim de cinco anos de preliminares e concessões em Havana, as Farc obtiveram, em Bogotá, em apenas 50 horas, a totalidade do almejado ‘projeto de Justiça’”.

“Não posso, nem como cidadão nem como ex-presidente da República, passar um cheque em branco a um precipitado acordo clandestino, cujos esboços divulgados lançam uma sombra de dúvida em relação à sobrevivência da fundamental separação de poderes e a ordem constitucional”, afirmou Pastrana.



Fonte: EBC


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