Ex-psicóloga fatura mais de R$ 80 mil por ano com churrasco na internet

Publicado em 27/04/2021, às 08h47
Divulgação -

CNN Brasil

Júlia Carvalho, de 31 anos, é formada em psicologia e pós-graduada em clínica psicanalítica, mas ela garante que não volta mais ao consultório. 

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Desde que passou a se dedicar à paixão pelo churrasco, em 2016, fez cursos, especializações em processos diversos, e hoje é uma das mulheres que mais se destacam no ambiente profissional da brasa. 

Como tudo começou

O caminho da churrasqueira no setor foi se abrindo aos poucos. Após seis meses de intercâmbio na Nova Zelândia, em 2008, onde conheceu “uma culinária rica e com novos sabores”, ela se matriculou na faculdade de gastronomia assim que voltou ao Brasil. 

De lá pra cá, ela se formou e se especializou nas técnicas de parrilla, fogo de chão e defumação. 

A grande curiosidade e a constante busca por aprendizado fizeram com que ela estudasse para ser juíza de campeonatos da Kansas City Barbeque Society (KCBS), a mais tradicional entidade do churrasco norte-americano. Desde 2019, ela faz parte do time de jurados do KCBS World Invitational BBQ, uma das competições de churrasco mais importantes do mundo.

Os canais de 'renda'

Durante a pandemia, o mercado de eventos e festivais de churrasco, que já não era sinônimo de renda frequente, esfriou. A solução encontrada por Júlia foi abraçar o universo virtual da carne.

“Com o cancelamento de eventos, passei a criar conteúdos para marcas na internet, como vídeos de receitas e dicas. Aos poucos, fiz contratos de patrocínio e consegui a estabilidade financeira mesmo nesse momento tão complicado para tanta gente”, conta Júlia. 

Ela assinou com grandes empresas, como Tramontina, Swift, Cantagallo, Matsuda e King’s Barbecue, maior fabricante de pits (equipamentos para defumação) do Brasil. Apenas nos últimos doze meses, atuou em mais de 70 ações de marketing.

Além de alimentar o perfil de redes sociais, como o Instagram, onde contabiliza mais de 45 mil seguidores, a jovem acaba de se aventurar em mais uma plataforma: o Youtube. Com mais um canal de vídeos, e renda, ela acredita ter um futuro financeiro mais promissor agora do que na época em que concluiu o curso superior.

“Este mês, deixei de ser MEI (Microempreendedor Individual) e vou ter que me transformar em Micro Empresa”, comemora, sobre os ganhos que ultrapassam R$ 80 mil por ano. 

Herança de família

Filha de veterinário especialista em genética e nutrição animal e neta de dono de açougue, Júlia viu a história da família, até então guardada apenas na lembrança da infância, falar mais alto em 2020. 

“Meu pai sempre me levou em feiras de gado e me mostrou todo o empenho dele no setor. Hoje, tenho o maior orgulho de pegar esse trabalho, que ele desenvolve na ponta da cadeia, cuidando desde a origem da proteína animal, e dar continuidade, na outra ponta, zelando pelo preparo que valorize esse produto de qualidade”, conclui.

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