Exame confirma que corpo encontrado no Benedito Bentes é da jovem Crislany Silva

Publicado em 14/11/2025, às 15h07
Crislany foi assassinada e teve o corpo descartado em uma área de mata, na Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes. A PC acredita que a bebê Celine, filha dela, também morreu - Reprodução

Ascom Polícia Científica

A Polícia Científica de Alagoas concluiu, por meio de exame de comparação genética, que o corpo encontrado em avançado estado de decomposição na região da Cachoeira do Meirim, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, pertence à jovem Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos. O resultado, obtido no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió, foi confirmado nesta sexta-feira (14).

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Segundo a perita criminal Bárbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense e responsável pela análise, a confirmação da compatibilidade genética se deu pela comparação entre as amostras da vítima e de sua genitora. O resultado já foi comunicado aos órgãos competentes e aos familiares, que agora poderão iniciar o processo formal de liberação do corpo.

“A conclusão do exame de DNA representa um avanço crucial na investigação e reafirma o papel da perícia criminal na busca pela verdade, pela justiça e pelo respeito às vítimas e seus familiares. A confirmação também representa um passo decisivo para a humanização do caso, permitindo que a família, após semanas de espera angustiante, possa realizar o sepultamento digno da jovem”, afirmou Barbara Fonseca.

Perita criminal Bárbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense e responsável pela análise (Foto: Ascom Polícia Científica)

 

A identificação da vítima exigiu um trabalho técnico minucioso da Polícia Científica de Alagoas. Inicialmente, o corpo foi submetido ao exame de necropapiloscopia, procedimento padrão que analisa impressões digitais. No entanto, o avançado estado de putrefação impediu a obtenção de resultados conclusivos.

Sem o prontuário odontológico da jovem, o exame odontolegal de comparação da arcada dentária também foi descartado. Dessa forma, tornou-se necessário recorrer à análise genética, com a coleta de amostras biológicas da mãe de Crislany, cujo material foi encaminhado juntamente com fragmentos da vítima ao Laboratório do IC.

Seguindo protocolos internacionais de segurança e qualidade, a perita procedeu com técnicas específicas para extração de DNA em condições extremas, o que exigiu precisão e sensibilidade operacional. A Polícia Científica de Alagoas reforça que continuará acompanhando o caso e prestando apoio às autoridades responsáveis, mantendo o compromisso de fornecer respostas claras, precisas e humanizadas à sociedade alagoana.

Relembre o caso

Crislany e sua filha desapareceram em 12 de outubro, em Rio Largo, após a jovem informar à família que sairia por alguns minutos. Desde então, não houve mais contato. Relatos posteriores revelaram que Crislany vinha sofrendo ameaças e temia ser morta.

As investigações levaram à prisão do principal suspeito em 20 de outubro, que indicou uma área de mata no Benedito Bentes onde o corpo teria sido abandonado. No mesmo local, foram encontrados objetos infantis, indicativos de que a bebê poderia estar na mesma região, contudo, até o momento, a criança não foi encontrada.

Caso Crislany: polícia acredita que bebê desaparecida em Rio Largo foi devorada por animais

Para a Polícia Civil, o reaparecimento do corpo da bebê Celine Raíssa Caetano da Silva é improvável, uma vez que evidências indicam que o corpo da pequena pode ter sido devorado por animais.

Suspeito preso

O suspeito de envolvimento na morte da jovem Crislany da Silva e no desaparecimento da filha dela, Celine Raíssa, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça de Alagoas, na quarta-feira, 22 de outubro. A informação foi divulgada pela Polícia Civil, por meio do delegado João Marcos, titular do 20º Distrito Policial de Rio Largo.

O homem foi preso na tarde de segunda-feira, 20, após indicar o local onde estava o corpo às autoridades. A principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por um triângulo amoroso, pois esse homem teria um relacionamento extraconjugal com o companheiro da vítima. A menina de dois meses ainda não foi localizada.

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