Família ia dar carro blindado a médica morta por temer violência no Rio

Publicado em 26/06/2016, às 15h46

Redação

O cirurgião-plástico Renato Palhares, 38, queria que a mulher, a dermatologista Gisele Palhares Gouvêa, 34, andasse num carro blindado. Pelo menos, três vezes por semana, a médica deixava a casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio e seguia até Vila de Cava, região pobre de Nova Iguaçu, município na região metropolitana do Rio.

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No sábado (25), às 19h, Gisele sofreu, segundo a polícia, uma tentativa de assalto em um acesso à Linha Vermelha, na altura do bairro da Pavuna. Morreu ao levar dois tiros na cabeça. Até o início da tarde deste domingo (26), os responsáveis pelos disparos não haviam sido encontrados.

"Na viagem (o casal foi à França no início do mês de junho) chegamos a comentar em comprar um carro blindado para ela porque não dava para a Gisele ficar ilhada na Barra. Ela gostava de ir a Nova Iguaçu, só que o problema é a faixa de Gaza que fica no caminho: as linhas Amarela e Vermelha", disse Renato Palhares.

O pai da dermatologista, o aposentado Uzias Gouvêa, 75, lamentou que não houve tempo para trocar o carro, já que o próximo seria blindado.

"Não deu tempo. Eles iam trocar o carro e blindar o veículo. A insegurança é total. Não digo só no Rio mas no Brasil inteiro. Os nossos governantes não estão dando a devida atenção à segurança, à saúde e à educação. Nossas autoridades estão se lixando para isso. Pensam em Olimpíada, em obras faraônicas e cada vez mais corrupção. Por isso tudo perdi uma joia", disse Gouvêa.

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