Familiares contestam prisão de suspeito e negam acusação de homicídios

Publicado em 17/11/2016, às 16h23

Redação

Familiares de Alan Melo de Lima, de 32 anos, preso no dia 10 de novembro sob suspeita de integrar uma quadrilha que cometia homicídios em diversos bairros de Maceió, procuraram o TNH1 para questionar os motivos da prisão.

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De acordo com o relato dos parentes, Alan não faria parte da organização criminosa, comandada, segundo a polícia, por Dário César do Nascimento Lima, que está foragido. Eles admitiram que conhecem alguns suspeitos que moram no bairro Rio Novo, região onde Alan também reside, mas negam qualquer relação com a quadrilha.

A família disse que o nome de Alan está no inquérito policial de um homicídio cometido em 2010, no município de Santa Luzia do Norte, que teria sido executado por integrantes da mesma quadrilha. “Ele fez um favor para o tio do Dário, que não tinha como ir prestar depoimento, e o levou até a delegacia. No local, uma testemunha afirmou que o Alan parecia com um dos envolvidos no crime. Essa testemunha disse que ele seria o condutor da moto utilizada no assassinato”, explicou o primo de Alan.

Desde então, Alan passou a integrar a lista dos suspeitos de participação no homicídio, porém, até hoje, o caso não foi concluído.

Após a operação deflagrada pela Polícia Civil, a família afirma que Alan é inocente. “Ele não possui antecedentes criminais e nada foi encontrado com ele. Não existem provas. Porque não houve investigação antes de prendê-lo?”, questiona Joelma Fernandes, esposa de Alan.

“Ele estava se arrumando para ir trabalhar quando foi preso. Ele trabalha como motorista. Já são oito dias preso. Ele já não aguenta mais essa situação, está muito mal e não sabemos o que pode acontecer daqui pra frente”, desabafou a mulher.

A família elaborou cartazes pedindo justiça e a liberdade de Alan, além de apresentar um abaixo-assinado com 382 assinaturas. Caso não haja uma resposta da polícia, eles planejam protestos em frente ao Complexo de Delegacias Especializadas e do Ministério Público.

A equipe do TNH1 não conseguiu contato direto com o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Melo, da Delegacia de Homicídios. Contudo, em contato com um dos funcionários da delegacia, que fez o intermédio com o delegado Eduardo Melo, o posicionamento oficial foi que a conclusão será apresentada ao fim do inquérito. A assessoria de comunicação da Polícia Civil também não emitiu resposta sobre os questionamentos dos familiares.

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