Redação EdiCase
As festas de fim de ano costumam reunir famílias inteiras em torno da mesma mesa. É um momento marcado por afeto, mas também por perguntas que atravessam limites pessoais, envolvendo carreira, relacionamentos, filhos, aparência ou escolhas de vida.
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Para lidar com essas situações sem gerar atrito, a especialista em oratória e comunicação estratégica Jackline Georgia aponta caminhos práticos baseados em comunicação não violenta e inteligência emocional. Confira!
A reação imediata costuma vir carregada de emoção. Jackline Georgia orienta pausar por alguns segundos antes de falar. Esse pequeno intervalo ajuda a organizar o pensamento e evita respostas impulsivas que podem gerar conflitos.
Não é necessário justificar decisões pessoais. Frases simples, diretas e respeitosas encerram o assunto com elegância. Segundo a especialista, quanto mais longa a explicação, maior a chance de novas perguntas surgirem.
Expressões como “eu prefiro”, “eu me sinto mais confortável assim” ou “eu estou focado em outras prioridades” ajudam a estabelecer limites sem soar agressivo. “Quando a pessoa fala a partir do próprio sentimento, a conversa tende a perder o tom de julgamento”, explica Jackline Georgia.
Uma técnica eficaz é mudar o foco logo após responder. Trazer um assunto leve ou coletivo, como planos para o próximo ano ou algo relacionado à família, ajuda a dissipar a tensão e evita insistências.
O humor pode ser um aliado poderoso, desde que não venha carregado de ironia. Uma resposta descontraída pode desarmar a curiosidade excessiva e manter o clima agradável.
Quando a pergunta ultrapassa o aceitável, é legítimo sinalizar isso. Jackline Georgia reforça que impor limites não é falta de educação. “É possível dizer que não quer falar sobre determinado tema sem criar um ambiente hostil”, afirma.
Nem toda resposta será perfeita, e tudo bem. O mais importante é preservar o equilíbrio emocional e não se violentar para atender expectativas alheias. “Comunicação saudável começa pelo respeito consigo mesmo”, finaliza a especialista.
Em um período em que a maioria das pessoas passa mais tempo com a família e relata níveis elevados de estresse, aprender a se comunicar com clareza e empatia se torna uma ferramenta essencial para atravessar as festas com mais leveza.
Por Sarah Monteiro
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