Eberth Lins
O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas classificou como “um filme de terror que parece não ter fim” a sequência de crimes atribuídos a Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, que voltou a ser julgado nesta quinta-feira (13) pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) apontou que o homicídio foi cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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Durante o júri, o promotor ressaltou que a acusação segue a mesma linha dos cinco julgamentos anteriores, nos quais Albino já acumula mais de 140 anos de condenação por homicídios e tentativas de homicídio.
Eu tenho que me tornar repetitivo. A linha de acusação é a mesma porque essa ladainha que ele conta aqui é a mesma. É um filme de terror que parece que não vai mais acabar. Esse é o quinto júri nessa vara, e teremos mais um em janeiro. Ele está acumulando 126 anos de cadeia. Ainda que tenha progressão de regime, vai passar pelo menos 30 anos em regime fechado”, afirmou Vilas Boas.
O promotor destacou ainda a frieza e o padrão de execução adotado pelo réu.
Ele só atira na cabeça. É característica dele. Quando decide matar, pesquisa os hábitos da vítima e vai ao encalço. E esta vítima de hoje não foge à regra”, disse.
Vilas Boas também relembrou que o acusado confessou o crime na delegacia, acompanhado por advogado. “Ele foi ouvido perante o delegado e confessou esse crime de hoje”, disse.
Beatriz Henrique da Silva foi morta a tiros em 15 de dezembro de 2023, na Rua Cabo Reis, bairro da Ponta Grossa, em Maceió. Albino invadiu a casa da vítima e disparou enquanto ela dormia, atingindo também o filho dela, de apenas quatro anos de idade, que estava na mesma cama.
Um dos tiros chegou a atingir a criança e, por isso, Albino também responde pelo crime de lesão corporal.
Apontado como um dos cinco maiores serial killers do Brasil, Albino dos Santos Lima responde por 18 homicídios e seis tentativas de homicídio, todos cometidos em Maceió.
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