"Forró Nu" festeja São João no interior da Bahia e gera polêmica entre moradores

Publicado em 06/06/2017, às 11h38

Redação

O anúncio de um evento em comemoração ao São João, na praia de Massarandupió, cidade de Entre Rios na Bahia, tem chamado atenção de internautas em todo o Brasil pelo tema inusitado. O 2º Forró Nu do Espaço Liberdade, que ocorre no dia 17 de junho, só permite a entrada dos convidados pelados.

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Segundo os organizadores, o evento mistura a prática naturista com o festejo junino. Inicialmente, a festa seria reservada apenas para 30 casais, porém a divulgação do “Forró Nu” chegou a pessoas no país todo e agora a organização do evento não sabe calcular quantos forrozeiros marcarão presença.

Se está pensando em ir, atenção para as regras. O forró nu não permite que o namoro ultrapasse certos limites, e os mais exaltados podem ser convidados a deixar o local. Além de proibir crianças e permitir apenas casais, o evento tem como base o código de ética do naturismo.

“O Forró Nu não permite o sexo em público. As pessoas me perguntam se é um evento liberal. Liberal é relativo. Certamente vamos receber casais liberais também. O que posso dizer é que o respeito estará acima de tudo”, explica David Andrade, idealizador do evento.

A entrada custa R$ 80 para o casal. Uma banda de forró pé de serra vai animar a noite. “Estou recebendo ligações de todo o país. Peço que as reservas sejam antecipadas o máximo possível”, diz o organizador.

Polêmica

Nem todos os moradores da cidade de Entre Rios apoiam o evento. Associações naturistas da região divergem quando à realização de uma festa que chame atenção de tantos interessados para a cidade, conhecida por seguir à risca as regras do nudismo. Atento à discussão, o Ministério Público Estadual da Bahia pediu fiscalização do forró por parte da prefeitura.

"O que sabemos é que parte da comunidade não está muito satisfeita com o Forró Nu. Então a prefeitura tem que exigir as garantias sanitárias, de segurança e de acesso restrito do público", disse o promotor Paulo César de Azevedo, em entrevista ao Correio 24 Horas. “Se for um lugar aberto, pode constranger a comunidade”, acredita.

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