Fóssil mais completo de ancestral humano pode ser de espécie nunca documentada

Publicado em 16/12/2025, às 22h48
- Foto: Divulgação/La Trobe University

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De acordo com uma nova pesquisa, o esqueleto StW 53, conhecido como “Little Foot”, reconhecido como o espécime mais completo já encontrado, pode ser de uma nova espécie de ancestral humano.

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“Little Foot” foi revelado publicamente em 2017, mas a descoberta dos primeiros ossos, que vieram de seus pés, começou em 1994, na África do Sul, no sistema de cavernas de Sterkfontein.

Inicialmente, o indivíduo foi identificado como pertencente aos Australopithecus prometheus — espécie de bípedes que teria vivido entre três milhões e um milhão e novecentos mil anos atrás — pelo homem que o descobriu, Ronald Clarke. Mas tão cedo ele decidiu por essa classificação, outros pesquisadores afirmaram se tratar de um espécime de outra espécie, conhecida como Australopithecus africanus, que habitava a mesma área na África do Sul.

No entanto, uma nova pesquisa diz que ambos os lados erraram.

Pesquisadores da Universidade de La Trobe, na Austrália, e Cambridge, na Inglaterra, anunciaram nesta segunda-feira, 15, que muito provavelmente o esqueleto é de uma nova espécie não documentada de ancestral humano.

Jesse Martin, cientista responsável pela pesquisa, afirma que Little Foot não possui diversas características únicas de nenhuma das duas espécies.

Embora ainda não esteja claro onde ele se encaixaria na história da evolução humana, Martin confirma relevância do esqueleto: “Esse fóssil continua sendo uma das descobertas mais importantes dos registros de hominídeos e a descoberta de sua identidade uma das chaves para entendermos nosso passado evolutivo”.

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