Frota do Pacífico da Rússia é colocada em alerta máximo para exercícios militares

Publicado em 14/04/2023, às 15h54
Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagens -

Folhapress

Em uma demonstração de força contra o Ocidente, toda a frota russa do Pacífico foi colocada em alerta máximo nesta sexta-feira (14) para exercícios militares que terão lançamentos de mísseis, bombardeios e testes de torpedos, afirmou o general Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia.

LEIA TAMBÉM

"O principal objetivo desta inspeção é aumentar a capacidade das Forças Armadas de repelir a agressão de um provável inimigo na direção do oceano e do mar", disse o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, ao comentar os exercícios à televisão estatal nesta sexta-feira (14).

Os testes também simularão um desembarque inimigo na ilha russa de Sacalina e nas ilhas Curilas ao sul –as últimas são reivindicadas pelo Japão em uma disputa territorial que remonta aos últimos dias da

Segunda Guerra Mundial. Segundo a agência de notícias Associated Press, a Rússia aumentou nos últimos anos a presença militar nas ilhas, chamada pelos japoneses de Territórios do Norte.

Em um vídeo divulgado nesta sexta, o Ministério da Defesa russo mostrou submarinos e navios de guerra que participarão da manobra.

Questionado sobre os exercícios, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, minimizou qualquer conexão com as tensões na região. "Esta é uma prática comum, tem sido realizada constantemente nos últimos anos e continua sendo. Trata-se de manter o nível necessário de prontidão de combate das nossas forças armadas", disse Peskov em uma entrevista coletiva.

Em atividade militar recente, a marinha da Rússia disparou mísseis supersônicos contra um alvo simulado no Mar do Japão. O país também fez dois bombardeiros estratégicos na região no início de março, no momento em que o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida visitava a Ucrânia para mostrar solidariedade a Kiev.

A movimentação acontece dias antes de uma visita do ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, a Moscou. Os países são importantes aliados no xadrez geopolítico que se formou após a invasão russa à Ucrânia. No final de março, o líder da China, Xi Jinping, foi a Moscou para reafirmar sua aliança com Vladimir Putin, após o presidente ser indiciado por crime de guerra na Ucrânia pelo TPI (Tribunal Penal Internacional).

Em setembro do ano passado, eles já haviam se encontrado em uma cúpula de países centro-asiáticos, quando anunciaram um incremento ainda maior na cooperação militar entre os países, que fazem regularmente patrulhas conjuntas no Pacífico.

O Mar do Japão costuma ser alvo ainda da Coreia do Norte. Nesta quinta-feira (13), o país testou um modelo de míssil de longo alcance que, segundo analistas militares, pode representar um avanço militar do regime. O disparo causou pânico entre moradores da ilha de Hokkaido, no norte do Japão, onde as autoridades chegaram a ordenar que habitantes se protegessem até se certificarem que o míssil tinha atingido o oceano.

Washington condenou o episódio, realizando exercícios militares conjuntos com Tóquio sobre o mar do Japão logo após o teste, em uma demonstração de força.

No começo de março, Pyongyang fez 30 disparos de artilharia contra regiões que fazem fronteira com a Coreia do Sul, enquanto a irmã do ditador Kim Jong-un, Kim Yo-jong, dizia que qualquer tentativa americana ou sul-coreana de interceptar mísseis balísticos do Norte seria entendida como uma "declaração de guerra".

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Corpo de médica é encontrado por funcionários dentro de freezer de loja Idoso atira no filho após reclamar de estar recebendo poucas visitas Brasileira que trabalha como babá em Portugal está desaparecida há 10 dias Relíquia da Segunda Guerra é encontrada em floresta após mais de 80 anos