Fugiu do ex e sonhava em abrir loja de roupas: quem era mulher morta na cama, ao lado dos filhos

Maria Graciele dos Santos, morta enquanto dormia ao lado dos filhos, era natural de Alagoas, mas havia retornado ao estado há apenas 20 dias, depois de fugir de Caruaru (PE) para tentar recomeçar a vida. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro, ainda não localizado.

A vítima foi assassinada a tiros na madrugada de terça-feira (9), no povoado Pindorama, em Coruripe (AL). Imagens enviadas à TV Pajuçara/RECORD mostram o suspeito descendo de um carro estacionado a poucos metros da casa, entrando na residência e efetuando os disparos. Os filhos dela não ficaram feridos.

Segundo a irmã, Ciele, que estava na casa e dormia em outro quarto com os três filhos no momento do crime, Maria era "uma menina alegre, sorridente e uma ótima mãe". "Era uma ótima pessoa, e aconteceu isso", desabafou.

Maria Graciele e o ex-companheiro foram casados por quatro anos e moravam em Caruaru. De acordo com apuração da TV Pajuçara, ela decidiu viajar para Alagoas com os filhos para fugir das agressões.

Vontade de abrir uma loja

Ainda segundo a irmã, Maria tinha planos de abrir uma loja na região central de Pindorama e já havia escolhido o ponto.

"Ela ia na semana que vem comprar [as peças] em Caruaru", contou.

Vítima temia o ex e pediu que parente cuidasse dos filhos

Um áudio de uma parente de Maria revela que a vítima temia o ex-companheiro, apontado como principal suspeito.

"Ela tinha muito medo. Ela já saiu fugida de Caruaru. Quando chegou em Coruripe, ele passou dois dias dentro do carro, vigiando de frente à casa da comadre dela. Ele era obcecado, ficava procurando saber onde ela estava", relatou a parente.

Segundo a parente, Maria chegava a chorar por medo do ex e pediu que cuidassem de seus filhos.

"Ela não tinha coragem de fazer o B.O., não tinha coragem de dar parte dele", acrescentou.

O áudio foi entregue à Polícia Civil, que investiga o caso. O suspeito segue foragido, e a autoria ainda não foi oficialmente confirmada. A possível participação de uma segunda pessoa, que estaria dirigindo o veículo usado na ação, também é apurada.