Gaiolas, feira e surra: as últimas horas dos meninos de Belford Roxo

Publicado em 11/12/2021, às 08h53
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Uol

Alexandre da Silva, 11, chegou por volta das 11h30 de 27 de dezembro do ano passado na casa onde morava com a mãe e a avó no Morro do Castelar, na Baixada Fluminense. Acompanhado do primo Lucas da Silva, 9, e do amigo Fernando Henrique Soares, 12, ele acordou a mãe com um pedido de dinheiro. As informações são do Uol

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Na ocasião, Lucas aproveitou para tomar banho e trocar de roupa. Em seguida, os primos deixaram a residência com pães para lanchar, levando inclusive para o amigo que os aguardava do lado de fora. Esse foi o último contato dos meninos com a família de Alexandre antes de desaparecerem.

Após 11 meses de investigação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou na quinta-feira (9) o inquérito sobre o sumiço das crianças. A conclusão foi que os três foram torturados e mortos por traficantes do CV (Comando Vermelho) após terem furtado uma gaiola com passarinho de um tio de um dos traficantes da região.

De acordo com as investigações, os meninos foram capturados, mortos e tiveram os corpos ocultados no mesmo dia. Os corpos dos garotos até hoje não foram encontrados.

Veja o que a polícia apurou sobre os últimos momentos dos meninos:

Quem são os 5 suspeitos do crime

Suspeitos têm dezenas de mandados de prisão

Com exceção de Doca, que está foragido, a Polícia Civil diz acreditar que Estala, Piranha e Tia Paula estejam mortos após decisão da cúpula do CV em razão da repercussão do caso. Apesar disso, os três estão entre os indiciados pela morte das crianças.

Sem corpos e provas concretas dos homicídios, eles são tratados como vivos durante o processo criminal. O delegado Uriel Alcântara afirmou que há investigações paralelas para encontrar e agrupar provas dos homicídios. Quando isso acontecer, as acusações contra os três serão extintas.

De acordo com levantamento da Polícia Civil, Doca, Piranha, Estala e Tia Paula têm juntos 124 anotações criminais e já possuíam 29 mandados de prisão em aberto.

Doca aparece com a ficha criminal mais extensa: 86 anotações e agora, 15 mandados de prisão.

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