"Geladeira" é descoberta em fortaleza romana de 2 mil anos na Bulgária

Publicado em 03/10/2022, às 20h58
Foto: Reprodução/P. Dyczek -

Revista Galileu

Um “refrigerador” feito com placas de cerâmica para armazenar alimentos utilizando neve e gelo foi descoberto por arqueólogos poloneses durante escavações no forte romano de Novae, na Bulgária. A descoberta foi anunciada em 29 de setembro pela Agência de Imprensa Polonesa (PAP).

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Novae é um acampamento construído no século 1 d.C.pela legião romana. Nas últimas décadas, arqueólogos da Bulgária e da Polônia realizaram escavações no local, onde os ocupantes romanos defenderam uma fronteira territorial há 2 mil anos.

Em agosto, os pesquisadores encontraram a “geladeira” em uma sala de quartel militar. Segundo o site Ancient Origins, a equipe de arqueólogos sob a liderança do professor Piotr Dyczek, da Universidade de Varsóvia, estava explorando o piso da fortaleza quando se deparou com a caixa de placas de cerâmica grossas e avermelhadas.

O item era usado pelos legionários romanos para armazenar alimentos perecíveis. Dyczek contou à PAP que o antigo “refrigerador” ainda tinha fragmentos de vasos e ossos de animais com sinais de que a carne fora assada.

A "geladeira" era embutida em um nicho no subsolo do piso de pedra da fortaleza. Como na Bulgária havia temperaturas abaixo de zero até cinco meses por ano, os soldados romanos poderiam ter coletado gelo ou neve para colocar dentro da caixa e manter sua comida fria e conservada.

Havia ainda um esconderijo de várias dezenas de moedas, também da época romana. Elas estavam em um estrato dos séculos 3 e 4 d.C., período marcado por ataques de góticos e a ascensão do imperador romano Constantino, o Grande.

Pedaços de carvão e de uma tigela pequena, também localizados no forte, podem ser restos de um incensário usado para afastar insetos dos alimentos. Já outra descoberta relevante foram resquícios de uma habitação romana dentro das muralhas da fortaleza, contendo pedras de amolar, pesos de pesca e mais fragmentos de vasos de cerâmica.

O edifício teria sido uma casa civil, não ocupada por soldados. “Durante esse tempo, Novae se desenvolveu lentamente em uma cidade civil. Também graças às últimas descobertas, obtivemos dados suficientes para poder recriar esse fragmento da história desse antigo assentamento, que até agora estava envolto em mistério para nós”, disse Dyczek.

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