Golpes financeiros contra idosos aumentam 60% no Brasil

Publicado em 03/09/2020, às 10h45
Marcello Casal Jr/Agência Brasil -

O Sul

Um levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) revela que, desde o início do isolamento social devido ao coronavírus, houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos em todo o País.

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“Estamos intensificando nossas ações, pois quadrilhas se aproveitaram do aumento das transações digitais causado pelo isolamento social e da vulnerabilidade dos consumidores, em especial dos idosos, para aplicar golpes por meio da chamada engenharia social, manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais”, explicou o presidente da entidade, Isaac Sidney.

Outro dado levantado pela Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban revela que, atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas a tentativas de estelionatários em obter códigos e senhas.

“Os criminosos abusam da ingenuidade ou confiança do usuário para obter informações que podem ser usadas para que tenham acesso não autorizado a computadores ou informações bancárias”, disse o diretor da comissão, Adriano Volpini.

Golpes

Entre os exemplos de como os golpistas agem, estão as ligações para a casa dos clientes, nas quais o estelionatário diz ser funcionário do banco e pede para confirmar algumas informações, como dados pessoais e senhas.

Ao fornecer informações pessoais e sigilosas, como a senha, o consumidor expõe a sua conta bancária e o seu patrimônio aos golpistas. Há também casos em que o fraudador se apresenta como um funcionário do banco e pede para o cliente realizar uma transferência como um teste. Os bancos nunca ligam para clientes para realizar transações.

Durante o período de quarentena, as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing, que começam por meio de recebimento de e-mails que carregam vírus ou links e que direcionam o usuário a sites falsos.

O golpe do falso motoboy teve aumento de 65% durante o período de isolamento social. Nele, criminosos entram em contato com as vítimas se fazendo passar pelo banco para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão de crédito do cliente. Usando técnicas de convencimento para obter dados, os golpistas informam que um motoboy será enviado para recolher o cartão supostamente clonado para que sejam feitas outras análises necessárias para o cancelamento das compras irregulares.

Para passar uma imagem de segurança, alerta a Febraban, os criminosos orientam a vítima a cortar o cartão ao meio, para inutilizar a tarja magnética, antes de entregá-lo ao motoboy. No entanto, o chip permanece intacto, o que permite que a quadrilha faça compras com o cartão, ainda que o plástico esteja partido ao meio.

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