Google bloqueia contas do governo afegão para Talibã não ter acesso

Publicado em 04/09/2021, às 12h55
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Olhar Digital

O Google bloqueou temporariamente um número de contas de e-mail do governo afegão, de acordo comm uma pessoa a par do assunto, à medida que aumentam temores sobre os rastros digitais deixado por um ex-funcionários e seus parceiros internacionais, depois da tomada do poder pelo Talibã.

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Nas semanas decorrentes desde que o Talibã tomou o controle do Afeganistão de um governo apoiado pelos Estados Unidos, relatórios destacaram como bancos de dados biométricos e de folha de pagamento afegão podem ser explorados pelos novos governantes para caçar seus inimigos.

Nesta sexta-feira (3), em um comunicado, o Google não foi claro se as contas do governo afegão estavam sendo bloqueadas e disse que está monitorando a situação e “tomando medidas temporárias para garantir as contas relevantes”.

Enquanto isso, um membro do ex-governo disse que o Talibã está tentando obter e-mails de ex-funcionários. No fim do mês passado, o funcionário disse que o Talibã havia pedido para preservar os dados mantidos nos servidores do ministério para o qual ele trabalhava.

De maneira pública, registros de e-mail disponíveis mostram que cerca de duas dúzias de órgãos do governo afegão usaram os servidores do Google para lidar com e-mails oficiais, incluindo os ministérios das Finanças, Indústria e Ensino Superior.

O escritório presidencial do Afeganistão também usou o Google, assim como alguns órgãos do governo local. Portanto, pedir bancos de dados e e-mails do governo poderia fornecer informações sobre funcionários do antigo governo, ex-ministros, funcionários contratados do governo, aliados e parceiros estrangeiros.

“Isso daria uma grande riqueza de informações”, disse Chad Anderson, pesquisador de segurança da empresa de inteligência de internet DomainTools que ajudou a Reuters a identificar quais ministérios operam qual plataforma de e-mail.

Os registros mostram que os serviços de e-mail da Microsoft foram usados por várias agências do governo afegão, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e a Presidência. Por outro lado, não está claro quais medidas a empresa está tomando para evitar que os dados cheguem ao Talibã.

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