Governador de AL defende máxima transparência na divulgação de dados da covid-19 no Brasil

Publicado em 08/06/2020, às 15h39
Márcio Ferreira / Agência Alagoas -

TNH1 com Agência Alagoas

O governador Renan Filho defendeu, em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, nesta segunda-feira (08), o nível máximo de transparência na divulgação dos dados referentes à pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo ele, sem estatísticas confiáveis, o país não terá como enfrentar a Covid-19 de maneira eficaz e cobrou um “esforço conjunto de integração nacional” para vencer a crise.

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Uma das pautas foi a divulgação dos números da pandemia por parte do Ministério da Saúde. Renan Filho foi indagado se o adiamento das informações ou a divulgação delas em horário avançado dificultaria o trabalho de combate à Covid-19.

“A transparência de dados para o enfrentamento da pandemia é fundamental. Sem esses dados consolidados, dados críveis, aumenta a dificuldade para fazer o enfrentamento da doença, sobretudo nas diferentes regiões do país. Por isso é muito importante o papel do Ministério da Saúde no sentido de receber as informações, condensá-las, divulgá-las em horário apropriado para que a população tome conhecimento, de maneira ampla, fidedigna e que ajude o Brasil a sair da crise. Não tem como enfrentar uma pandemia sem estatísticas confiáveis”, considerou Renan Filho.

Ele lembrou que a região Nordeste possui um dos melhores índices de transparência da Covid-19 no país, aferidos pela organização não-governamental (ONG) Open Knowledge Brasil (OKBR), que avalia a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus.

Conforme o último boletim emitido pela Open Knowledge Brasil, dos nove estados nordestinos, seis possuem nível de transparência considerado máximo (Ceará, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí). Outros dois têm avaliação boa (Maranhão e Paraíba) e um tem classificação média (Bahia).

O governador afirmou que, além de atingir o nível máximo de transparência, o Ministério da Saúde precisa apresentar um caminho – “um norte” – para a unificação e a uniformidade das estatísticas nacionais relacionadas à pandemia. Ele defendeu, ainda, um “esforço conjunto de integração nacional” para o enfrentamento da Covid-19.

“Estatísticas confusas, divulgadas de maneira errática, sem a confiança necessária, que não retratam fidedignamente o que ocorre na sociedade, dificultam o combate à pandemia e atrapalham o Brasil internacionalmente, porque passa a ideia de desorganização. E o pior: vai fazer com que a pandemia dure mais tempo no país, o que ninguém certamente quer”, concluiu.

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