Governador de São Paulo diz que bloqueios em rodovias por caminhoneiros 'são inadmissíveis'

Publicado em 01/11/2022, às 11h25
Caminhoneiros fazem bloqueios em rodovias e trechos da marginal Tietê, em São Paulo | Foto: Reprodução / Record TV -

R7

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (1º), que 40 pontos de bloqueios foram desobstruídos, mas ainda existem 90 trechos de paralisação por caminhoneiros que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o estado. "Não vamos admitir a obstrução de vias em São Paulo", disse.

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Desde a madrugada de segunda-feira (31), diversos pontos em rodovias e na marginal Tietê estão bloqueados por caminhoneiros que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo, destacou a criação de uma força-tarefa no Ministério Público de São Paulo para investigar bloqueios. Ele classifica a mobilização como uma organização criminosa que age contra a democracia.

As manifestações chegaram a interromper o acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, mas as vias foram liberadas após negociações com a Polícia Rodoviária Federal. "Quero anunciar o desbloqueio de Guarulhos. Estamos aplicando o que determina a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Não vai ser manifestação nem baderna que vai fazer com que a gente não respeite os resultados das urnas."

O governador disse ainda que São Paulo prevê multa no valor de R$ 100 mil por hora, se necessário até mesmo o uso de força. "A polícia de São Paulo está mobilizada. Aqui há respeito à Constituição e à democracia", afirmou Garcia. Policiais civis e militares estão autorizados a agir e aplicar multas. Manifestantes poderão, se necessário, ser levados à delegacia para fichamento criminal.

"Esperamos que as forças especiais de segurança não sejam necessárias. Já reconhecemos a vitória do presidente Lula e esperamos que aqueles que perderam reconheçam, e é o que todos nós esperamos do presidente Bolsonaro", afirmou o governador durante coletiva. "Nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia brasileira retroceda."

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