Governo de Alagoas fortalece renda e preservação ambiental com apoio às marisqueiras da Lagoa Mundaú

A secretária de Estado da Fazenda de Alagoas, Renata dos Santos, representou o governador Paulo Dantas, nesta quarta-feira (13), na agenda presidencial que contou com a visita da primeira-dama Janja Lula da Silva. O encontro teve como destaque a apresentação da Cooperativa Marisqueiras Mulheres Guerreiras, iniciativa apoiada pelo Governo do Estado que fortalece a renda e a autonomia das trabalhadoras das margens da Lagoa Mundaú, em Maceió.

Além da secretária Renata, participaram da solenidade o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; o ministro dos Transportes, Renan Filho; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a diretora regional do Nordeste do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Roberta Roxilene dos Santos; a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Renata Calheiros; e a presidente da Cooperativa de Marisqueiras Mulheres Guerreiras (Coopmaris), Vanessa Santos.

Na abertura do evento, Renata dos Santos destacou que o momento representa um gesto de reconhecimento e valorização das marisqueiras, que há gerações sustentam suas famílias e preservam a tradição da cata do sururu. Ela ressaltou ações recentes do Governo de Alagoas, como a aprovação, no Conselho Nacional de Secretários de Fazenda, da isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas internas de conchas de sururu, uma medida que beneficia o IABS e outras cooperativas e associações.

“Essa ação reduz custos, estimula a economia local e incentiva o uso integral dos recursos, evitando desperdício e ampliando a renda. Mostramos ser possível conciliar geração de renda, preservação ambiental e inclusão social, colocando Alagoas no mapa de iniciativas que podem inspirar o mundo”, afirmou Renata.

A secretária também anunciou a adesão de Alagoas ao programa Juventude Negra Viva, do Ministério da Igualdade Racial, que será conduzido no estado pela Secretaria de Estado das Relações Federativas e Internacionais (Serfi).

A primeira-dama Janja Lula da Silva lembrou que percorre o país como enviada especial da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), ouvindo histórias e desafios enfrentados por mulheres em diferentes biomas. “Levarei para Belém a mensagem das mulheres que trabalham com o sururu, atividade desenvolvida em ambientes cada vez mais ameaçados, como mangues e lagoas”, afirmou.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou o simbolismo da cooperativa, evidenciando a importância da atividade para a cultura e a economia local. Segundo ele, a parceria entre governos Federal, do Estado e marisqueiras abre novas possibilidades de geração de renda, inclusive na economia criativa.

“A parceria do Governo Federal é fundamental para impulsionar tanto a atividade tradicional, com a coleta e venda do sururu, quanto novas ações ligadas à economia criativa. A partir da pesca do sururu, surgem iniciativas como a produção de materiais para construção e peças de decoração, que agregam valor e melhoram a renda. A vinda da primeira-dama garante visibilidade e abre novos caminhos para as marisqueiras”, frisou Renan Filho.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reforçou a importância de valorizar a história e a luta das mulheres negras, destacando que o programa Juventude Negra Viva abrange áreas como esporte, saúde e geração de oportunidades. “O maior patrimônio do Brasil são vocês, somos nós. São aquelas pessoas que lutam diariamente por um Brasil que respeita o povo, que constrói junto e que cria, concretamente, um futuro melhor. É isso que a gente acredita e pelo que trabalhamos diariamente”, ressaltou.

A presidente da Coopmaris, Vanessa Santos, agradeceu a atenção recebida e contou que a organização trouxe melhorias significativas ao trabalho das marisqueiras, como o uso de equipamentos de proteção individual e a adoção do cozimento do sururu a gás, garantindo mais qualidade e segurança.

A diretora regional do Nordeste do IABS, Roberta Roxilene, informou que o projeto de reaproveitamento das conchas de sururu já ressignificou 500 toneladas de resíduos e gerou cerca de R$ 800 mil em renda para a comunidade do Vergel do Lago.