Governo do Rio vai contingenciar R$ 12 bilhões do orçamento

Publicado em 12/01/2019, às 20h05
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel se reúne com secretariado no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul da capital fluminense. | Tomaz Silva/Agência Brasil -

Agência Brasil

O secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, disse hoje (12) que o estado contingenciará R$ 12 bilhões do orçamento previsto para 2019. Segundo ele, no esforço de reduzir o gasto público, a orientação é para que cada secretaria renegocie seus contratos buscando um corte de 30% nos valores.

LEIA TAMBÉM

O contingenciamento não leva em conta apenas o déficit de R$ 8 bilhões, previsto na Lei Orçamentária Anual de 2019, aprovada no fim ano passado. A estimativa é de R$ 72,3 bilhões de receita e de R$ 80,3 bilhões em despesas. "Há rubricas que não são certas e, por precaução, se deve contingenciar despesa", explicou Luiz Claudio, após reunião do secretariado com o governador Wilson Witzel.

Segundo o secretário, além dos R$ 8 bilhões do déficit, serão contingenciados R$ 3 bilhões equivalentes às receitas com operação de crédito e R$ 1 bilhão equivalente às receitas extraordinárias ocorridas no ano passado. São receitas que, de acordo com Luiz Claudio, podem não acontecer em 2019.

O secretário informou ainda que foi fixada uma meta para que, nos próximos 100 dias, cada pasta divulgue e execute medidas voltadas para a economia dos recursos. Na secretaria de Fazenda, uma das ações que está em curso é a verificação do cumprimento das normas envolvendo benefícios fiscais. "Há uma série de casos já identificados de empresas que tem benefícios fiscais, mas que não dão a devida contrapartida. Essas serão objeto de revogação dos benefícios", disse.

Salários atrasados

Ao deixar a reunião com o secretariado, o governador Witzel disse que o contingenciamento é necessário para que o estado possa cumprir seus compromissos. Ele afastou, no entanto, o risco de atraso nos salários dos servidores, como ocorreu no governo Luiz Fernando Pezão.

"O salário do servidor nós teremos condições de pagar com a arrecadação do tesouro mais os royalties do petróleo, que fazem parte da arrecadação extraordinária. O que corre risco, é honrar os contratos. Não vamos deixar de pagar o servidor. Mas vamos trabalhar para que também os contratos sejam pagos e a administração possa prestar um bom serviço público", disse.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Empresário assassinado tinha acabado de descobrir que seria pai Laudo da PF confirma que Bolsonaro usou solda para romper tornozeleira Novas regras para horários de entrada e saída de hotéis já estão valendo; veja o que mudou CCJ do Senado aprova PL da Dosimetria e texto vai ao plenário