Gravação revela "técnicas" usadas por criminosos em golpe do falso prêmio

Publicado em 11/03/2016, às 20h29

Redação

Há uma semana, Simone Ferro, que trabalha como gerente comercial de uma empresa em Maceió, recebeu uma ligação de uma suposta Central de Atendimentos da operadora Oi e, por pouco, não foi vítima de um golpe.

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A ação criminosa, que já se tornou conhecida pela frequência com que é praticada no Brasil, poderia ter sido descoberta de primeira pela mulher, não fosse a forma aparentemente profissional com que o falso atendente conduziu a conversa, por telefone.

Toda a ligação foi gravada por Simone e enviada ao TNH1; ouça:

No telefonema, um homem que se identificou como gerente de marketing da operadora disse que ela teria sido contemplada com R$ 20 mil no sorteio conhecido como “Sorte na Palma da Mão”.

O golpista falou ao telefone por mais de 20 minutos, tentando convencer a gerente que ela teria que cumprir uma série de exigências para que o dinheiro fosse debitado em conta. Uma das exigências era para que ela não desligasse o celular e também não comunicasse aos familiares sobre a promoção.

“Ele ligou para mim com um número de DDD 85, ou seja, Ceará. O gerente se identificou como Edson e a todo momento se expressou muito bem, o que fez eu me dirigir até a minha agência bancária”, relata.

De acordo com Simone, o suposto gerente de marketing não pediu nenhuma informação pessoal ou algum tipo de número de documento de identificação. A denunciante só desconfiou do golpe quando chegou à agência bancária e, durante a ligação, ele pediu para que ela transferisse cerca de R$ 200, o que seria, segundo o criminoso, outro critério para que o valor de R$ 20 mil fosse, enfim, debitado.

“Tive que deixar o tempo todo o celular em ligação. Ele falava para eu não me esquecer de levar o meu cartão e a senha, além de não comentar com ninguém da agência”, conta.

Desconfiança e prejuízo

Após desconfiar que estaria caindo em um golpe, ela procurou o gerente do banco e pediu para encerrar a conta corrente.

“Eu fiquei com muito medo, porque apesar de eu não ter concluído a transferência, a transação chegou a ser iniciada. Sem falar que a gente conversou do meu histórico bancário e do meu limite no cheque especial”, diz.

Por segurança, Simone encerrou sua conta bancária e pode levar o caso ao Ministério Público. Ela ainda não registrou Boletim de Ocorrência porque foi informada que o crime é federal, devendo ser investigado pela Polícia Federal.

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