Greve dos petroleiros mantém perdas na produção da Petrobras

Publicado em 06/11/2015, às 11h00
-

Redação


A Petrobras informou que, apesar da queda na produção, tem conseguido reduzir os impactos da greve dos petroleiros. Hoje (5) à noite, a estatal estima uma perda de 127 mil barris de petróleo para o fechamento. A perda de ontem, de 134 mil barris de petróleo, significou uma recuperação de 25% na comparação à queda do dia anterior.

Para a Petrobras, casos isolados de ocupação de instalações e de controle da produção, impedem a atuação de equipes de contingência da empresa para restabelecer o funcionamento, mas adiantou que está tomando providências jurídicas.


“A companhia está tomando as medidas jurídicas cabíveis para resguardar seus direitos e continuará atuando para garantir a manutenção de suas atividades, a preservação de suas instalações e a segurança de seus trabalhadores”, informou a Petrobras em nota divulgada às 21h50.

Abastecimento

Os postos revendedores de combustíveis estão com o funcionamento normal. A informação é da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). Segundo a entidade, até o momento, “não há informações sobre ocorrências de falha no abastecimento”. No município do Rio, o funcionamento foi confirmado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sindcomb).

De acordo com a entidade, hoje (5) chegou a ser noticiado que um posto fechou por falta de diesel, mas a informação foi contestada. O posto interrompeu o funcionamento por causa de uma obra e não estava com falta de combustíveis.

Manifestação

Hoje um grupo de petroleiros fez uma manifestação, organizada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), em frente ao Estaleiro Inhaúma, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, para denunciar a transferência de obras para outras partes do Brasil, entre elas, Rio Grande do Sul e Paraná; e até para fora do país, como para a China.

Segundo o secretário-geral da FNP, Emanuel Jorge Cancella, os petroleiros estão preocupados com a possibilidade do Inhaúma ser fechado, o que representará perda de empregos, repetindo o que ocorreu no Estaleiro Eisa-Mauá, em Niterói, e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), localizado em Itaboraí, na região metropolitana. “Já cortaram 2 mil neste estaleiro e o temor é a perda de mais emprego e fechamento do estaleiro, porque a indústria naval é muito importante para o país e para o estado”, disse o dirigente sindical.

De acordo com a FNP, na década de 1980, o estaleiro, que tinha o nome de Ishibrás, era um dos maiores a receber encomendas no mundo, mas na década de 1990 foi paralisado diante dos impactos da decadência da indústria naval. Somente em 2010 a situação mudou com o arrendamento da Petrobras e a retomada das atividades em 2012, quando o estaleiro se comprometeu a construir a  FPSO-74 para o pré-sal da Bacia de Santos.



Fonte: EBC


Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Polícia prende segundo homem envolvido no roubo de obras de arte em SP Polícia Federal mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares Conteúdo pornográfico é exibido em TV de recepção de hospital Comissão aprova projeto que impede condenados de lucrar com livros e filmes sobre seus crimes