Redação
Atualizada às 11h53
A Polícia Federal revelou que as vítimas do grupo de ciganos, suspeitos de emprestar armas para a prática de crimes e atuar como agiotas no interior de Alagoas, vinham sendo ameaçadas durante o processo. De acordo com a investigação, elas doavam imóveis para pagar os empréstimos.
Cerca de trinta escrituras foram apreendidas e segundo a investigação constam como pagamento. Ainda não há estimativa de valor dos imóveis.
Segundo o delegado André Costa, a prática de coação é considerada mais grave que a motivação da primeira fase da operação Canal do Rio. Em pouco mais de um mês, o grupo, pertecente a mesma família, foi preso pela segunda vez.
Primeira fase
Quatro irmãos ciganos e um sobrinho haviam sido presos no dia 10 de setembro, na Operação Canal do Rio, em Igaci, mas ganharam liberdade no mesmo dia após pagamento de fiança estipulada em R$ 75 mil.
Nesta quarta-feira (14), a PF deflagrou a segunda fase da Operação, que teve como alvos as mesmas pessoas. Novas provas levaram a polícia a deter o grupo. A operação cumpriu mandados de prisão preventiva expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em suas residências, onde foram apreendidos diversos documentos relevantes para a investigação. Foram apreendidas ainda listas com nomes de pessoas e valores em dinheiro, que fariam parte da contabilidade da agiotagem da associação criminosa.
Os presos serão submetidos a exame de corpo de delito no IML e será requerida a transferência deles para o Sistema Prisional do Estado. "Se alguma futura testemunha vier a ser coagida por outra pessoa, pediremos a prisão da mesma. A PF não vai admitir nenhuma conduta ilícita contra nossa instituição", comentou o delegado da PF, André Costa.
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