Grupo de médicos protesta na entrada da Ufal e cobra cumprimento de acordo de greve

Publicado em 12/06/2025, às 09h32
- Cortesia

Redação

Um grupo de médicos e de médicos veterinários, lotados em instituições federais de ensino, realizou um protesto na manhã desta quinta-feira, 12, na entrada da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió, para pedir o cumprimento do acordo de greve assinado com o Governo Federal, relacionado ao Projeto de Lei (PL) 1466/2025.

LEIA TAMBÉM

O PL reestrutura carreiras e reajusta salários de servidores públicos federais, e foi objeto de debate nos últimos meses. Agora, a categoria de médicos e de médicos veterinários pede igualdade no cumprimento do acordo firmado em 2024.

Em contato com o TNH1, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), Nadja Lopes, destacou que houve tratamento diferente para outros servidores federais. O Sintufal destacou que os profissionais, pertencentes à carreira dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), conquistaram direitos de carga horária e reajustes salariais através de intensas negociações e sucessivos acordos de greve, devidamente formalizados em lei. 

"O Governo não cumpriu com o que ficou decidido no acordo de greve, por isso acontece esse ato de paralisação. São médicos e médicos veterinários que tiveram a metade do reajuste concedida para os demais profissionais, ou seja, estamos lutando pela isonomia", disse.

Frases como "Somos todos TAES (técnicos administrativos)! Cumpram o Acordo!" e "Não à discriminação de médicos e médicos veterinários" foram colocadas em faixas. O Sindicato dos Médicos também prestou apoio e pediu isonomia no reajuste.

A mobilização dos profissionais contou com o apoio de reitores, entidades sindicais, conselhos de classe e parlamentares de diversos partidos, que já apresentaram dezenas de emendas no Congresso Nacional para tentar corrigir a distorção. Até o momento, no entanto, a quebra do acordo permanece.

No documento assinado pelo Governo Federal e sindicatos, em junho de 2024, que pôs fim na greve, ficou estabelecido o pagamento de 9% em 2025 e 5% em 2026 para as categorias. No caso dos médicos que trabalham em instituições de ensino, porém, esse percentual ficou em 4,5%, neste ano, e outros 4,5% em 2026, o que gerou a insatisfação.

Comunicado do Sintufal

Por meio de comunicado à imprensa, o Sintufal destacou que a Medida Provisória nº 1286/2024 e o Projeto de Lei nº 1466/2025, recentemente sancionado como Lei nº 15.141/2025, desrespeitaram o Termo de Acordo nº 11/2024, firmado após a greve de 2024. Segundo o acordo, os reajustes deveriam ser de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, com atualização dos steps da carreira. Contudo, os médicos e veterinários receberam percentuais inferiores (apenas 4,5% ao ano), sendo injustamente excluídos das mesmas condições aplicadas aos demais cargos do PCCTAE.

Além da redução salarial, a alteração ilegal da nomenclatura dos cargos nos sistemas oficiais (SIAPENET, SOUGOV, SUAP, SIGRH) também retirou esses profissionais do enquadramento legal correto, criando uma situação de insegurança jurídica e violando o princípio constitucional da legalidade e da isonomia.

Por fim, o sindicato destacou que os médicos e veterinários federais ressaltam que sua luta não é apenas por questões remuneratórias, mas principalmente pelo respeito aos acordos firmados, à segurança jurídica e à valorização do serviço público federal, essencial para a saúde, educação e pesquisa do país.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPF e MP/AL acompanham evolução das obras de mobilidade urbana previstas em acordo judicial com Braskem Instalação de passarela fecha trecho da Av. Durval de Góes Monteiro neste domingo (07) Paciente acamado em situação de risco é resgatado pelo Samu em Garça Torta Confira os horários dos shoppings e do Centro no feriado de Nossa Senhora da Conceição