Um algo mais no "Acordão de Brasília"

O chamado "Acordão de Brasília" a cada diz ganha desdobramentos, pelo silêncio de alguns dos protagonistas e por declarações de outros que têm conhecimento dele e que, sabe-se lá por que, parecerem querer confundir a opinião pública.

O fato concreto é que um dos pontos firmados já está praticamente consolidado: a nomeação da procuradora de justiça Marluce Caldas para o cargo de ministra do Superior Tribuna de Justiça - para a consumação total falta apenas o ato final, que é a sua posse, marcada para a próxima 5a feira, 4 de setembro.

A figura central do tal acordo é o prefeito João Henrique Caldas (PL), sobrinho de Marluce, que, em contrapartida à ida da tia para o STJ, teria se comprometido com o presidente Lula (PT) a apoiar a sua reeleição e a desistir da candidatura ao governo de Alagoas em 2026 para se engajar à campanha do senador Renan Calheiros Filho (MDB), que tentaria voltar ao cargo pela terceira vez.

A pergunta que está no ar: e como fica o futuro político de JHC, ainda jovem, se optar mesmo por cumprir o acordo e concluir o mandato até 31 de dezembro de 2028?

Enquanto o próprio prefeito tem evitado declarações sobre essa questão, pessoas próximas a ele revelam que sua decisão é de ser mesmo candidato a governador, com o que estaria rompendo o tal acerto de Brasília.

Por sua vez, o senador Renan Calheiros (MDB), que será candidato à reeleição pela quinta vez no próximo ano, tem insinuado que JHC deveria ser candidato a uma das duas vagas a serem disputadas ao Senado.

Surge, entretanto, um outra possibilidade sobre o futuro político do prefeito de Maceió: nos últimos dia ouvi, de três fontes distintas e confiáveis, que o "Acordão de Brasília" inclui também uma futura vaga no Tribunal de Contas da União - para ele ou para sua mãe, senadora Eudócia Caldas (PL), que tem mandato até 31 de dezembro de 2026.

A conferir...