TNH1 com Assessoria
José Leite da Silva foi condenado a 15 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato de Severino de Oliveira. O caso aconteceu em 22 de novembro de 2006, no Povoado da Onça, município de São Sebastião, no Agreste alagoano. A decisão da Justiça de Alagoas foi proferida nesta quinta-feira, 06, quase 19 anos após o fato.
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O Poder Judiciário acatou a representação do promotor de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MPAL), João de Sá Bomfim Filho, com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
A narrativa do processo detalha que José Leite, conhecido como “zequinha”, teria cometido o crime por vingança, já que a vítima, quatro meses antes, teria feito uma denúncia contra ele por posse ilegal de arma e ameaças corriqueiras, quando se estava bêbada. A notícia-crime levou o réu à prisão e o homem, ao ser liberado, passou a fazer ameaças de morte a Severino.
“Foram quase vinte anos de processo, o réu foragido, além disso ainda tivemos um equívoco alegando que ele estava morto, logo após houve o reparo, e hoje o Ministério Público atuou para sustentar a necessidade de sua condenação. A sede de justiça nunca pode ser entendida como tardia, por mais que demore ela tem a mesma importância. Não somente para nós que defendemos a vida, mas para as famílias que carregam a dor da perda, que traz consigo a amarga lembrança da forma como seu ente querido foi assassinado. Hoje ela foi feita”, ressaltou o promotor.
No dia do crime, a vítima conversava com outro homem quando José Leite se aproximou e desferiu vários golpes de arma branca, sem permitir qualquer forma de defesa ao senhor Severino. A ação criminosa, pelo modus operandi utilizado, levou o MPAL a ofertar denúncia por crime de homicídio qualificado.
A defesa tentou a absolvição do réu alegando que sua ação ocorreu em legítima defesa, o que foi desbancado pelo MPAL.
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