IML procura famílias de 8 pessoas mortas para não sepultá-las como indigentes

Publicado em 10/11/2017, às 15h04

Redação

O Instituto de Medicina Legal de Maceió vem sendo obrigado a sepultar como indigentes corpos que já foram identificados, mas que não foram reclamados por nenhum familiar.

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Atualmente, oito corpos identificados e não reclamados aguardam o tempo estipulado pela legislação brasileira para serem sepultados. São eles: José Justino de Souza, José Adilson Lins da Silva, Romário Araújo da Silva, José Marcelino da Silva, Manoel Carlito dos Santos, Marcelo José da Silva, José Douglas da Silva, e José Venceslau da Silva.

A odontolegista Cláudia Ferreira, responsável pelo controle dos registros dessa natureza, explicou que quando um corpo não identificado dá entrada na unidade de medicina legal, o primeiro passo é a realização da necropapiloscopia. Em sequência são realizados os exames de arcada dentária, quando a família apresenta a ficha ortodôntica e no último caso o exame de DNA.

“Na maioria dos casos, o corpo já é identificado no primeiro exame. No entanto, o tempo passa, e a família não procura o IML para realizar a liberação do cadáver para sepultamento, o que obriga a administração do órgão a solicitar a inumação (sepultamento) desses corpos como não reclamados,” explicou a odontolegista.

De acordo com dados do IML, de 2015 a novembro deste ano, a direção do IML notificou 64 sepultamentos de corpos não reclamados que foram identificados pelo exame de necropapiloscopia, que confronta as digitais dos mortos com o banco de dados do Instituto de Identificação.

Foram enterrados 12 cadáveres em 2015, 22 em 2016 e 30 este ano, sendo sete do sexo feminino e a grande maioria, 57, do sexo masculino.

Para o chefe especial do IML, o perito médico legista Fernando Marcelo, é muito importante que as pessoas com parentes desaparecidos criem o hábito de procurar a unidade para fazer uma busca na relação, e de preferência antes deles serem enterrados. “Quando o cadáver já está sepultado a burocracia aumenta, é necessária uma exumação administrativa para entregar o corpo à família”, esclareceu.

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