Influenciadores disparam rojões contra mata no Rio e devastam 45 mil m²

Publicado em 14/03/2025, às 13h53
Influenciadores disparam rojões contra mata no Rio e devastam R$ 45 milm² - Reprodução / Redes sociais | CBMRJ

g1

A Polícia Civil do RJ e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) iniciaram nesta sexta-feira (14) uma operação contra os autores de um incêndio florestal que devastou 45 mil m² de Mata Atlântica (o equivalente a 4 campos de futebol) na Prainha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma área de preservação ambiental. Os agentes saíram para cumprir 4 mandados de buscas e apreensão.

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Segundo as investigações, na última terça-feira (11) os influenciadores Luiz Fernando Faria Rocha, o Nando Rocha, e Wesley Silva Nascimento, o Raio Motoboy, gravaram um vídeo na Avenida Estado da Guanabara para divulgar a rifa de uma moto.

Agora, além do crime ambiental, a polícia quer saber se o jogo que a dupla promovia é ilegal. Também participou da ação João Vitor Santana Dias. Um 4º homem é investigado.

Um dos endereços visados fica em Marechal Hermes, na Zona Norte. Lá, a equipe encontrou a moto oferecida na rifa.

O fogo na mata - No meio do clipe, Nando e Raio soltaram rojões em direção à mata, provocando um incêndio. Ainda de acordo com a polícia, os influencers viram as chamas e fugiram sem avisar às autoridades. O fogo dizimou mata nativa e matou animais, como uma cobra.

O Núcleo de Defesa Florestal do Inea comunicou os fatos para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que iniciou as investigações. Em uma ação integrada, policiais e fiscais identificaram os influencers.

O inquérito foi desmembrado, e a Delegacia do Consumidor passou a investigar associação criminosa, crimes contra a economia popular e exploração de loteria não autorizada.

“O Inea fez uma coleta de informações de que possivelmente poderia ter sido um incêndio criminoso”, afirmou o delegado André Prates. “E em menos de 24 horas pedimos buscas no Plantão Judiciário, e foi deferido.”

Ainda segundo Prates, “todas as rifas são ilegais”. “Rifas precisam de autorização do Ministério da Fazenda e devem ser beneficentes, o que não é o caso agora — eles buscam lucro”, declarou.

A reportagem não conseguiu contato com os investigados.

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