Isabel Salgado: entenda o quadro de pneumonia que evoluiu para SARA, causa da morte da ex-atleta

Publicado em 17/11/2022, às 17h19
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Isabel Salgado partiu repentinamente, aos 62 anos, vítima de um quadro de pneumonia que evoluiu para Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto (SARA). A informação foi confirmada nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa da família da ex-atleta.

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Ela foi internada pela manhã da última terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Intubada no decorrer do dia, precisou entrar na oxigenação por membrana extracorporal (ECMO), mas não resistiu.

Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), o médico Alberto Chebabo explica que a doença que vitimou Isabel se comporta de maneira muito semelhante à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que se popularizou com a pandemia da Covid-19.

– A SARA é uma lesão pulmonar que compromete a respiração, normalmente causada por um agente infeccioso, que pode ser viral ou bacteriano. No caso dela, ao que tudo indica, foi uma bactéria. A doença leva a um quadro de insuficiência respiratória e a pessoa eventualmente precisa ser entubada – diz.

A produtora Paula Barreto, que preparava um documentário ao lado de Isabel, chegou a enviar, na quarta-feira, uma mensagem a amigos de ambas comunicando a morte da ex-atleta. No texto, ela diz que Isabel procurou o hospital após sintomas gripais e que testou negativo para Covid.

"Na segunda a noite foi dormir passou mal. Deixou para ir para o hospital Sírio na terça de manhã . Quando acordou na terça já estava bem pior. Internou no Sírio já no CTI . Detectaram um bactéria que já tinha tomado todo o pulmão. Foi entubada e teve uma parada cardíaca as 4 da manhã hj e não resistiu", escreveu a cineasta.

A rapidez na evolução do quadro de Isabel impressiona. Chebabo completa: – A velocidade depende do quadro. Normalmente você vai tendo um quadro progressivo, mas se o atendimento é tardio e o paciente chega ao hospital com um comprometimento grande do pulmão, pode ser grave e evoluir de forma rápida. O que imaginamos é que tenha sido uma pneumonia bacteriana que evolui de maneira muito rápida e levou a esse quadro grave que não conseguiu ser revertido.

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