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A auxiliar de arbitragem Marcielly Netto, agredida no domingo por uma cabeçada de um técnico durante o Campeonato Capixaba, não pretende deixar o episódio lhe abalar. Segundo contou, a agressão lhe motivou a continuar na arbitragem.
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— Pretendo continuar. Isso só me motivou ainda mais — disse.
Ela alegou que já foi vítima de agressões verbais, mas nunca física:
— Nunca passei por algo semelhante. Já sofri muita (violência) verbal, mas física foi a primeira vez.
Segundo contou, durante a partida pelas quartas de final do capixaba, o técnico Rafael Soriano Barcelos, do Desportiva Ferroviária, invadiu o campo ao fim do primeiro tempo na partida contra o Nova Venécia, e lhe agrediu após ela pedir a sua expulsão.
— No intervalo da partida o técnico da equipe visitante, um pouco alterado, invadiu o campo de jogo. E após muitas palavras grosseiras eu pedi pra ele calma e solicitei ao árbitro que o expulsasse. Ele acabou tomando aquela atitude de me dar uma cabeçada, coisa que eu não esperava, ninguém esperava naquele momento — recordou.
Revelando o que espera:
— Neste momento só espero que a Justiça seja feita.
Nesta segunda-feira ela registrou um boletim de ocorrência. O técnico foi demitido após a partida e suspenso preventivamente por 30 dias de qualquer atividade no futebol.
Segundo a Polícia Civil, Marcielly esteve no Serviço Médico Legal de Colatina, “onde realizou o exame de corpo de delito. Como o fato aconteceu no município de Nova Venécia, o caso segue sob investigação na Delegacia de Infrações Penais e Outros (Dipo), de Nova Venécia. Detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto”.
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