Jovem presa em SP é suspeita de integrar quadrilha que planejou invasão ao apartamento de Collor

Uma jovem de 19 anos, identificada como Raíssa Carneiro Arruda, suspeita de integrar o grupo criminoso que planejou invadir e roubar o apartamento de luxo do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, em Maceió, foi presa no estado de São Paulo, nesse fim de semana. Ela e mais três homens foram detidos, esses últimos por envolvimento com furtos.

O plano de invasão ao apartamento de Collor foi frustrado no instante em que a quadrilha desembarcou no Aeroporto Zumbi dos Palmares, no ano de 2024. Raíssa não havia viajado com o grupo e desde então estava foragida da Justiça.

O ex-presidente da República cumpre prisão domiciliar em um prédio de luxo na orla de Maceió desde maio deste ano, depois de ser condenado em 2023 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e de ser preso por agentes da Polícia Federal no último mês de abril.

A prisão da jovem

A jovem estava na companhia de dois suspeitos de furto de celulares. A polícia chegou ao paradeiro de Raíssa, em SP, após abordagem dos homens em bicicleta. Eles ainda tentaram fugir na direção de um prédio, mas foram capturados.

Dentro do apartamento da dupla, a polícia recolheu oito celulares e 109 documentos, entre RGs e CNHs. Logo depois, um quarto suspeito foi preso após ser parado com uma moto roubada. Todo material foi levado à delegacia.

Quadrilha especializada em roubo de mansões

A quadrilha de São Paulo investigada por assalto de mansões e apartamentos de luxo no interior paulista foi detida em Maceió, no ano passado, no momento em que planejava um novo roubo. O alvo era o apartamento de alto padrão do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

A escolha da vítima, contudo, era estratégica e não apenas visando publicidade. O grupo mirava diversas residências de luxo de empresários e autoridades alagoanas. A tática era descobrir, por meio de ligações telefônicas para a casa, o momento em que os donos estariam ausentes.

A prisão ocorreu antes que o plano fosse executado, graças a uma ação conjunta das Polícias Civis de Araçatuba (SP) — onde o grupo era mais ativo — e de Maceió. As autoridades conseguiram deter a quadrilha enquanto ela se preparava para invadir e roubar o apartamento do ex-presidente.