G1
A Justiça determinou nesta sexta-feira (9) que o empresário Thiago Antonio Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, que agrediu uma mulher dentro de uma academia, em São Paulo (SP), volte ao Brasil em dez dias.
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A decisão determina ainda que ele não pode frequentar estabelecimentos desportivos, deve manter distâncias de testemunhas e da vítima, e entregar o passaporte à Justiça.
Thiago, que viajou para Dubai horas antes da denúncia do Ministério Público no fim de semana, deverá comparecer mensalmente a estabelecimento jurídico para informar e justificar suas atividades, "bem como comparecer a todos os atos do processo, quando intimado, devendo informar seu endereço atualizado nos autos".
Segundo a decisão da juíza, ele está proibido de se aproximar a menos de 300 metros da vítima e de manter qualquer tipo de contato com ela.
O descumprimento das medidas cautelares impostas poderá decretar a prisão preventiva.
Viagem - Na noite de domingo (4), o Ministério Público de São Paulo o denunciou por lesão corporal contra mulher e corrupção de menores. O caso foi revelado pelo Fantástico.
Procurada pelo g1, a defesa alegou que Thiago viajou para o exterior em voo de carreira "sem que existisse qualquer restrição que o impedisse de se ausentar do país". Os advogados afirmam que ele tem data de retorno ao Brasil "e está à disposição de autoridades".
Segundo uma passagem em nome de Thiago, a viagem feita por ele entre a madrugada de sábado e domingo teve como destino Dubai. O retorno deverá ser em outubro.
Na denúncia oferecida à Justiça, o MP pediu a apreensão do passaporte dele e a obrigação de manter o endereço atualizado. O promotor ainda representou que o investigado entregasse o documento no cartório da 6ª Vara Criminal. Em caso de recusa, pediu que fosse expedido mandado de busca e apreensão. O pedido não foi analisado pela Justiça a tempo.
Além disso, o promotor Bruno César Cruz de Assis argumentou também que todas as agressões ocorreram na presença do filho de Thiago e o menino, menor de idade, foi induzido pelo comportamento do pai nas ofensas às mulheres.
A juíza pediu para que a situação fosse encaminhada à promotoria de Justiça da Infância e Juventude da capital.
O MP entendeu que o denunciado cometeu a corrupção do adolescente, o induzindo a praticar os atos infracionais de injúria e ameaça. A defesa de Thiago foi procurada e informou que se manifestará apenas nos autos do processo.
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